Mulheres e homens admiráveis nos negócios não apenas os fazem crescer, mas também influenciam quem está começando agora. No varejo, sobram histórias de empreendedores e executivos que mudaram a dinâmica de todo o setor, bem como da economia do País. Falar sobre eles é lembrar a quem está abrindo seu próprio negócio ou quem está passando por desafios na gestão de empresas que existem bons exemplos no País a serem seguidos: histórias de quem saiu do nada e construiu impérios, de quem parecia derrotado por uma experiência ruim de gestão e construiu novos e melhores caminhos.
Com a missão de influenciar positivamente novos empreendedores e ajudar a desenvolver o varejo, NOVAREJO selecionou 8 figuras que por suas trajetórias, experiências e valores valem a pena acompanhar daqui pra frente: seja olhando para sua história, seja observando seus próximos passos. É gente que admiramos. Mas existem muitos outros que amamos e que não estão nesta lista, por pura falta de espaço. Não importa: o que vale a pena na trajetória de empreendedor é escolher um exemplo e adotá-lo.
1. Miguel Krigsner
Fundador d’O Boticário, hoje principal marca do Grupo Boticário
Por que amamos?
NOVAREJO já teve o privilégio de ir até Curitiba (PR) entrevistar esse grande senhor. Amamos porque partir de uma farmácia de manipulação, Krigsner construiu um império. E ele fez isso mesmo sendo questionado pelo próprio pai. Sem contar que não teve a vaidade de ficar na gestão do negócio, passando o bastão para Artur Grynbaum. Mesmo neste cenário macroeconômico, a empresa continua crescendo, e não para de inovar: criou novas marcas, investiu em laboratórios e focou na experiência do cliente. A vida pode até não ser tão linda assim, como prega a marca (porque, olha, não tá fácil), mas ele é demais.
Leia também
As lições do rei da beleza
2. Abilio Diniz
Com o pai criou o maior grupo supermercadista do País, o GPA (Grupo Pão de Açúcar).
Por que amamos?
Precisa mesmo falar? Ele “SÓ” fez do varejo brasileiro um varejo de verdade. Com o crescimento da sua rede, o Pão de Açúcar, Abílio bateu de frente com redes internacionais gigantes que chegavam no Brasil na década de 80. Foi praticamente com ele que nasceu o tema profissionalização do varejo. Cresceu, apesar de todas as dificuldades ao longo do caminho, adquiriu marcas importantes, como o Ponto Frio e a Casas Bahia. E quando todo mundo pensou que ele sucumbiria depois da briga com os franceses do Casino, o empreendedor surpreendeu o mercado (ou não, né) e assumiu o Conselho de Administração da BRF, e, depois, comprou parte do Carrefour Brasil. Está bom pra você?
3. Carlos Wizard
Criou no quintal de casa uma das maiores escolas de idiomas do País, a Wizard
Por que amamos?
Porque é empreendedor na veia. NOVAREJO teve a oportunidade de ir até Campinas (SP) e conhecer de perto a história do empreendedor. Do nada (de uma edícula, na verdade), ele criou a Wizard, batendo de porta em porta para conquistar professores para sua rede nascente. Fez a marca ficar tão gigante que atraiu os olhares de gente maior ainda. Quando vendeu a marca, todos pensaram que se aposentaria. Nhé…poucos meses depois comprou a rede Mundo Verde, criou uma escolinha de futebol com Ronaldinho e, em seguida, encabeçou a compra das marcas Rainha e Topper, da Alpargatas. Ele não para – e por isso o amamos.
Leia também
Os planos de Wizard para a Mundo Verde
4. José Galló
Presidente da Renner
Por que amamos?
Porque ele é o único executivo do setor com mais de duas décadas a frente da mesma rede. E que rede: uma das poucas que continua crescendo, independentemente de cenários macroeconômicos. Ele está à frente de uma das poucas empresas brasileiras com capital pulverizado na Bolsa de Valores – daquelas que não têm um único dono como acionista, mas vários, centenas e milhares deles. Desde 91 no comando da Renner, Galló transformou um pequeno grupo de lojas em uma das maiores redes de fast fashion do País, referência em inovação de moda. É para poucos. Ele tem o nosso coração.
Leia também
Lucro da Renner cresce 33,5% no trimestre
5. Jeff Bezzos
Fundador e presidente da Amazon
Por que amamos?
Dispensa explicação ou não? O cara criou a maior varejista on-line do mundo e mudou, definitivamente, a maneira como se consome leitura. Como se não bastasse, ainda influencia o e-commerce para mudanças positivas, seja por conta das incontáveis inovações em entrega, seja por conta da experiência que oferece aos consumidores. Ainda: criou uma loja física ma-ra-vi-lho-sa, que vai mudar o varejo físico de livros. É pra ficar de olho. Jeff, a NOVAREJO adora você!
Leia também
Amazon abre (finalmente) 1ª loja física
6. Rose Marcario
CEO da Patagonia, marca de roupas de “esportes silenciosos”, aqueles que não usam qualquer tipo de equipamento que impacta negativamente o meio ambiente (já amamos a marca só por isso!).
Por que amamos?
Porque ela conseguiu espalhar para o mundo uma missão de uma empresa que nasceu na década de 70. Ela assumiu o cargo em 2015 e trabalha lá porque a empresa condiz com os seus próprios valores. Ela deixou uma carreira executiva ascendente em empresas de tecnologia, como a General Magic, por conta disso. Praticamente do budismo há 20 anos, a executiva trabalha com o coração. E incutiu no negócio, já carregado de valores, ainda mais valores, ao ponto de dizer: “não compre esta jaqueta” – para estimular os consumidores a comprar de forma mais responsável.
7. Ron Johnson
Criador e CEO do Enjoy.com – startup que ajuda os consumidores a aproveitarem (mesmo) toda a tecnologia dos produtos que compram.
Por que amamos?
O cara passou por Apple Store e teve uma experiência daquelas na JC Penney – ele só ajudou a varejista a terminar de falir. Só essa experiência poderia ter feito o cara desistir de tudo. Ele foi humilhado, saiu, em bom português, com o rabo entre as pernas, mas não ficou trancado em casa de vergonha. Depois de tantos anos como executivo de varejo, Johnson arregaçou as mangas e criou uma startup inovadora. E agora o que ganha é só elogios do mercado. Ele nasceu das cinzas. E o admiramos por isso.
8. Steve Ells
Fundador da Chipotle, rede de fast food de comida mexicana
Por que amamos?
Pelo negócio que ele criou na década de 90 e que mudou toda a dinâmica das redes fast-food. Por que? Ele praticamente criou uma nova indústria, o fast casual – alimentação rápida, porém com qualidade. Mas não apenas isso: ele foi um dos primeiros a inserir o tema alimentação socialmente responsável e saudável no mundo. A marca faz questão de mostrar a origem de todo o processo produtivo dos seus produtos, comprados de pequenos fornecedores, que criam seus bichinhos e alimentos de forma orgânica. Tá de parabéns, viu, Ells.
Leia também
As 11 varejistas mais admiradas do mundo