O Great Place To Work (GPTW), consultoria global que apoia organizações a obterem os melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação, divulgou os resultados do Ranking Varejo 2023, que torna público os nomes das Melhores Empresas Para Trabalhar. Das 265 inscritas, 60 foram premiadas na 10ª edição. Além disso, houve um crescimento de 51% em relação ao número de companhias que participaram do 9° encontro, em 2022. Os nomes vencedores foram divulgados na noite da quinta-feira (01), em um evento que aconteceu em São Paulo.
O GPTW tem quase 30 anos de história. Seu trabalho consiste em dar voz às pessoas, e suas pesquisas abordam aspectos corporativos como: desenvolvimento, liderança, comunicação, benefícios. A partir da percepção dos ouvidos, a companhia recebe uma nota. Para que a empresa tenha o Selo GPTW, é preciso alcançar a nota mínima de respondentes, e sete a cada 10 funcionários precisam avaliar a aa organização de forma favorável.
“Hoje, conseguimos premiar 60 empresas. Isso demonstra que os premiados, que participam desde o começo, também são referência e responsáveis por essa transformação. Vocês inspiram não só as pessoas que estão com vocês nas organizações, mas o mercado. Esse ranking do varejo é ainda mais especial, porque falamos de um setor que emprega muito. São 600 mil colaboradores impactados, o que está alinhado com a nossa missão de construir uma sociedade melhor através das empresas”, comenta Tatiane Tiemi, CEO no GPTW Brasil.
As empresas premiadas foram separadas em quatro grupos: as que mais promovem saúde mental no ambiente de trabalho; pequenas, que têm até 99 funcionários; médias, com entre 100 e 999 colaboradores; grandes, que possuem entre 1.000 e 9.999 pessoas no time; e super grandes, com um número de contratados superior a 10 mil. As premiadas seguem abaixo:
Selo Destaque Saúde Emocional
- Arcos Dorados – McDonalds
- Coris
- C&A
- Grupo Marche
- Magazine Luiza
- N&DC
- Solo Network
- Usaflex
Pequenas empresas
- Goldnet TI
- Teevo SA
- BR France
- Rubber Brasil Especialistas em Pisos Emborrachados
- Happy S.A.
- Grupo Cultivar
- N&DC Systems Integrator
- Shopping Eusébio
- Botica Farmácia de Manipulação
- Nick Multimarcas Veículos
Médias empresas
- Levvo
- Brasal Veículos
- Obramax Atacado de Construção
- SLC Máquinas
- Rentcars
- Alper Seguros
- Ibagy Imóveis
- Serilon
- Italiana Automóveis
- Solo Network Brasil S.A.
- Ingram Micro
- Zucchetti C4
- Comunicare Comércio de Aparelhos Auditivos
- Grupo Linhares
- Coris
Grandes empresas
- Mercadinhos São Luiz
- Porto Velho Shopping
- Usaflex – Indústria & Comércio S/A
- Cometa Serviços de Assessoria e Consultoria Empresarial LTDA
- Leo Madeiras
- Cia Dpaschoal
- Petlove
- Lojas Zema
- Hurb Technologies S.A.
- Iguatemi S.A
- Grupo Marche
- Caedu
- Cacau Show
- Divisão Comércio – Grupo Águia Branca
- Piccadilly Company
- Agrogalaxy
- Clamed
- Disveco LTDA
- Grupo Soma
- Grupo Carbel
- Grupo Saga
- Todimo Home Center
- Lojas MM Mercadomóveis
- Cobasi
- CVLB Brasil S.A.
“Esse ranking é um símbolo da expressão do nosso DNA. A empresa nasce voltada para as pessoas. É um legado vivo deixado pelo nosso fundador, que empodera as nossas pessoas e que manifestamos no relacionamento com nossos colaboradores. O primeiro lugar é a prova que nossos líderes entregam o melhor para o time, e esse relacionamento é transformado em cuidado. O nosso CEO é quem chancela todo esse movimento de cuidado, e isso empodera o nosso negócio”, comenta Ana Paula da Rocha Falcão, diretora de Desenvolvimento Humano e Organizacional no Mercadinhos São Luiz.
“Nosso primeiro valor é gente. A inteligência artificial é algo que vem, mas é possível um relacionamento onde podemos tirar o melhor dos dois mundos. As pessoas devem conviver com inovação; é para onde estamos indo no futuro. Junto com essa conexão, podemos ter o melhor resultado em tecnologia, inovação e pessoas”, acrescenta.
Super grandes
- Gazin
- Magazine Luiza
- Arcos Dorados – McDonalds
- Grupo Boticário
- Havan
- Leroy Merlin
- Assaí Atacadista
- C&A
- Grupo DPSP
- Riachuelo
Para o CEO da Gazin, Gilmar Alves de Oliveira, estar no primeiro lugar do ranking comprova uma valorização das pessoas. “Foram os nossos funcionários que nos deram a honra de receber esse reconhecimento. Nós colocamos sempre as pessoas no centro de tudo e das nossas estratégias. Queremos ouvir, qualificar e dar oportunidade. É isso que fazemos no dia a dia. Já é uma prática cotidiana da Gazin, e por isso veio esse reconhecimento”, comenta.
Durante a pesquisa, foi visto que as empresas estão cada vez mais com um público jovem dentro das companhias. Prova disso é que 65% dos colaboradores têm menos de 35 anos de idade. Além disso, foi visto ainda uma afirmativa, quando questionado aos funcionários qual o principal motivo de permanência nas empresas, que 51% dizem ser pela oportunidade de crescimento e desenvolvimento.
“Para nós, um dos pontos mais determinantes para sermos premiados foi o forte trabalho da liderança e desenvolvimento de pessoas. Isso reverbera nos colaboradores. Temos valores muito fortes e sentimos isso vivendo na ponta, principalmente ao falar de varejo. O Grupo Boticário tem essa vivência de valores na ponta muito forte”, pontua Luiz Vargas, gerente regional de Operações no Grupo Boticário.
“A inteligência artificial precisa ser usada para potencializar o protagonismo das pessoas. Quando usamos da maneira certa, colocamos os colaboradores para focar em todo potencial que eles têm em si e no que necessitam de foco, especialmente no varejo, um mercado tão dinâmico. Ter soluções que façam o desenvolvimento ser mais rápido e a jornada pensada no consumidor de uma maneira mais inteligente, ajuda a entregar melhores resultados”, frisa o gerente de Comunicação e Cultura no Grupo Boticário, Alex Kirsch.
Melhores Empresas Para Trabalhar e os quesitos avaliados pelo GPTW
O estudo da GPTW para o ranking Melhores Empresas para Trabalhar mostrou ainda que o quadro geral das companhias está equilibrado, composto 55% por mulheres. O levantamento mostrou ainda que a média do tempo de existência (fundação) das empresas premiadas é de 34 anos. Outro dado apontado pelo estudo da GPTW diz que 77% das empresas premiadas indicaram que possuem horário híbrido de trabalho. O levantamento mostrou também que 97% das organizações premiadas apontaram que adotaram práticas relacionadas à saúde mental e bem-estar nos últimos 20 meses.
“Nós estamos classificados há muitos anos e ficamos felizes. O prêmio reflete os desejos dos nossos colaboradores, e o que eles realmente pensam da empresa. Isso traz muito conforto para sabermos que estamos no caminho certo. O Grupo Zema é uma família, com um ambiente de trabalho confortável, e isso vem da cultura da companhia. Além disso, o fator humano é essencial. A inteligência artificial está presente, mas o fator humano é insubstituível. A IA ajuda no dia a dia, mas o ser humano não pode ser replicado, ainda mais no nosso segmento”, comenta Michelle de Faria, gerente de auditoria no Grupo Zema.
Quanto aos benefícios oferecidos pelas premiadas, 20% dispõem de licença sabática remunerada. 43% oferecem bolsa de estudos para graduação ou pós. 58% dispõem de universidade corporativa. 30% disponibilizam verba para funcionários(as) escolherem onde usar. 33% oferecem cursos de idiomas.
A CEO da GPTW reforça que as práticas, associadas a um excelente comportamento da liderança no dia a dia, é o primeiro passo para a construção de um ambiente de confiança. Quando as empresas conseguem promover uma relação positiva, criam uma cultura aberta à inovação, colaborativa e um local de trabalho diverso, isso impulsiona a performance dos negócios. Por isso, as empresas premiadas têm tendência a ser mais rentáveis, porque colocam as pessoas no centro de suas estratégias.
“São muitas pesquisas, e esse final é a consequência do trabalho que as empresas realizam, com foco nas pessoas. A pesquisa do Great Place To Work tem esse foco de dar voz para as pessoas, escutar como está a experiência dos colaboradores e, a partir da nota que eles dão nesse processo, as companhias chegam até aqui”, explica Tatiane Tiemi.
Além disso, a executiva frisa que, em tempos de inteligência artificial, a questão humana dentro das empresas está cada vez mais importante. “No momento em que passamos por essa grande transformação com o advento da IA, o lado humano se torna ainda mais fundamental. O que o humano sabe, a tecnologia não vai substituir. Existe um receio de pessoas serem substituídas pela tecnologia, e que observamos é o contrário: as pessoas vão precisar dominar essas ferramentas para deixar o melhor delas e, de fato, ficar somente o lado humano nas operações, enquanto o trabalho repetitivo fica para os robôs”, finaliza.