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O futuro da mobilidade urbana

O futuro da mobilidade urbana

Como as empresas têm se adaptado para atender às expectativas por mais sustentabilidade e facilidade e menos custos dos consumidores.

Por Carolina Vieira

Até não muito tempo atrás, o sonho de vários jovens era adquirir um carro logo completassem 18 anos. Hoje, o comportamento de consumo da geração mais nova – e até das outras gerações – não poderia ser mais diferente, o que traz impactos diretos sobre o que podemos esperar da mobilidade urbana nos próximos anos e décadas. 

Segundo o GfK Consumir Life, estudo global de tendências do consumidor realizado em 25 países em 2023, por exemplo, a Geração Z é a que menos tem desejo de consumir bens. Além disso, as pessoas entre 18 e 26 anos apresentam um comportamento de consumo mais frugal, uma vez que a economia compartilhada mostrou que “não é preciso ter para ser”. 

Na mobilidade urbana, especificamente, essa transformação favorece não só aplicativos de transporte e caronas, aos quais já estamos acostumados, mas toda uma gama de opções que representam mais facilidade e segurança por um lado e menos custos por outro. 

Mais um fator importante é a sustentabilidade: o GfK Consumir Life mostrou que 71% da Gen Z afirma que as marcas precisam ser ambientalmente corretas, levando isso em conta na hora de comprar e optar por serviços. 

Diante das transformações, o que podemos esperar do futuro da mobilidade urbana? E como as empresas estão inovando para atender as expectativas dos consumidores e acompanhar as constantes mudanças? É o que falamos a seguir. 

Economia compartilhada: do carro alugado à bicicleta elétrica   

Quando pensamos em grandes cidades, é impossível não visualizar a questão do tráfego intenso, que comprovadamente têm consequências ao meio ambiente e diretamente na qualidade de vida da população. 

Dados da Pesquisa Mobilidade Urbana 2022 mostram que, em média, os brasileiros que residem nas capitais passam 120 minutos por dia no trânsito. Como uma resposta a isso, um estudo recente do Ibope mostrou transformações significativas nas opções de mobilidade na cidade de São Paulo. 

Ele registrou uma queda de 28% no uso de carro entre seus usuários, enquanto o uso de transporte público aumentou 10%, a caminhada 25% e o uso de bicicleta 47%. Isso faz com que negócios inovadores despontem. Quais?

E-bikes

A Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, é uma empresa que vem priorizando a eficiência energética e explorando oportunidades futuras por meio da expansão de suas bicicletas elétricas em seus sistemas de compartilhamento.

Segundo a empresa, 32% dos seus usuários afirmaram que não utilizavam bikes antes do modelo de compartilhamento, o que mostra como o serviço pode ser uma porta de entrada em potencial para novos pedalantes. O atrativo seria o acesso a uma alternativa de deslocamento eficiente e econômica, que ainda cria uma forma mais sustentável e humanizada de se relacionar com a cidade. 

Com isso, a Tembici tem expectativas de fechar 2023 em expansão, aumentando sua presença para oito cidades brasileiras. Belo Horizonte, inclusive, foi a primeira a receber a inovação da Tembici Labs, uma e-bike totalmente desenvolvida no Brasil, com tecnologia 100% nacional, pedal assistido e uma bateria que oferece 100km de autonomia. 

“Nossa intenção é liderar esta revolução para a micromobilidade sustentável. Assim, manteremos nosso objetivo de impactar positivamente a mobilidade urbana e revolucionar essa cultura. Estamos nos preparando para esta nova realidade, comparando 2022 com 2023, aumentamos nossa frota de bicicletas compartilhadas em 50% e fecharemos o ano com 30 mil bikes”, comenta o CEO da Tembici, Tomás Martins. 

Carros alugados

Quando a economia compartilhada ganha força na mobilidade urbana, novos conceitos acabam entrando na esteira. É o caso não só da tradicional corrida por aplicativo, mas também do ride sharing, que consiste em compartilhar o mesmo veículo com pessoas com trajetos semelhantes (como oferecido pelo Uber-Pool), e ride pooling, quando vários passageiros compartilham um motorista profissional. 

Além disso, usufruir de um carro alugado, e não próprio, tem se tornado cada vez mais comum. A SimilarWeb, companhia de tecnologias de informação, identificou um aumento de 56% no acesso a serviços de locação de automóveis em 2021. 

Já em 2022, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) registrou um aumento de cerca de 16% na procura por carros por assinatura, que vão além do aluguel pontual de um veículo e representam um substitutivo mais concreto do carro próprio, que demanda um valor muito maior de investimento. 

Falando em investimento, uma vez que a questão dos custos está no centro das preocupações dos consumidores, a empresa alemã Global Saving Groups chegou a fazer um estudo que concluiu que alugar um carro pode sair até 2,5 vezes mais barato do que utilizar carros por aplicativo. 

Mobilidade urbana com deslocamentos mais ágeis passa por tecnologia 

Um estudo da empresa de consultoria e auditoria Deloitte sobre as tendências da mobilidade urbana inteligente apontou três características principais para que ela seja cada vez mais eficiente: um bom estado da infraestrutura e opções de mobilidade integradas, dose adequada de investimento e inovação, e um sistema acessível a todos. 

Dessa forma, pensamento macro, sustentabilidade e tecnologia se aliam para transformar a mobilidade urbana do futuro. Muitas das coisas que serão chave nos próximos anos já estão em funcionamento agora. 

Tags e pagamentos automáticos

“Em meio às opções de economia compartilhada, as pessoas que escolhem dirigir por conta própria normalmente buscam o controle do próprio horário e trajeto, privacidade, segurança e facilidade”, afirma André Turquetto, diretor geral da Veloe, empresa que fornece serviço de tag veicular. 

Ele diz que, hoje, as maiores tendências no segmento da mobilidade são as ações que a tornam mais fluida e segura, tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente. A palavra-chave então é simplificar. Nesse sentido, as tags e o pagamento automático possuem diversos benefícios e acabam se tornando quase obrigatórios. 

Em um levantamento recente da empresa, a Veloe conseguiu contribuir com a economia de 19 milhões de horas em pedágios em todo o Brasil. “Mas, além da economia de tempo, há os impactos ambientais relevantes causados, por exemplo, pela frenagem e aceleração de veículos que param nas cabines manuais de pedágio”, completa o diretor.

Cidades inteligentes

Com o auxílio de inteligência artificial (IA) e big data, as cidades de fato inteligentes e com sistemas integrados passam a ser cada vez mais possíveis. Na mobilidade urbana, compilar e analisar dados do tráfego urbano ajudam a organizá-lo melhor. 

Fazem parte deste cenário o desenvolvimento e a real inclusão de carros autônomos na frota veicular e a proliferação da Internet das Coisas (IoT) para, entre outras coisas, autorregular semáforos em função do trânsito ou disparar avisos sobre vagas de estacionamento. 

Além disso, espera-se que os carros elétricos ganhem uma maior fatia do mercado. Segundo um relatório do Rocky Mountain Institute, empresa que presta consultoria na área de sustentabilidade, a expectativa é que até 2030 este tipo de automóvel represente de 62% a 86% da frota. O que, claro, exigiria toda uma transformação de como a mobilidade urbana é desenhada para atender as necessidades destes novos consumidores. 

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