Adeus carros, bem-vindas bicicletas. Esse é o mood da transformação urbanística influenciada pela pandemia de Covid-19 no mundo. Com o medo de contaminação ainda em alta, o transporte público é das opções menos seguras para se evitar se expor ao vírus. Já andar de carro por aí – seja sozinho ou em família – não é opção para todo mundo, principalmente em cidades do mundo que já vêm privilegiando um menor uso de veículos automotores. A maioria delas, localizada na Europa (como Amsterdã, Estocolmo, Barcelona, entre outras), está aproveitando esse momento para investir em ciclovias.
De acordo com a Federação Europeia de Ciclistas, 32 das maiores cidades do bloco decidiram investir em projetos de infraestrutura que promovem a bicicleta em detrimento dos carros. Serão mais de dois mil quilômetros a serem criados cruzando o continente nos próximos meses, de acordo com a instituição, e mais de 900 milhões de euros a serem investidos. A combinação segurança contra o Covid-19 mais zero impacto de poluição no meio-ambiente é um verdadeiro hit de sucesso para as bikes no momento.
Só em Paris, por exemplo, estima-se que 60 milhões de euros devam ser investidos nos próximos meses para incentivar o uso, dar treinamentos a quem quiser aprender a andar de bike, além pagar um auxílio de 50 euros dado pelo governo a cada um de Paris que quiser consertar a bicicleta que já possui. Mais de 50 mil bikes foram arrumadas dentro desse esquema.
Um túnel perto do Rio Sena, bem no centro da capital francesa, foi fechado para carros, em detrimento às bicicletas, bem como a famosa Rue de Rivoli, que ganhou espaço maior para os ciclistas, como informa o portal DW.com. Já na Alemanha, cidades como Colônia, por exemplo, não tinham mais o produto para vender. Com estoques esgotados, as lojas que ainda conseguiam vender bikes tinham filas nas portas, especialmente, de pais que queriam comprar modelos infantis para seus filhos.
ALTA PROCURA POR BIKES
Enquanto o Reino Unido lidera a mobilização por investimento imediato em ciclovias e em segurança para os ciclistas usá-las – são 300 milhões de dólares a serem aplicados imediatamente, segundo informações da imprensa britânica, no Brasil não há nem sinal de que esse tipo de transporte ganhe maior importância no planejamento urbanístico pós-Covid-19. Mesmo assim, espera-se um boom de vendas, como vem acontecendo lá fora.
Ainda que no primeiro mês de quarentena brasileira tenha havido uma queda nas compras desse produto, em maio de 2020 o crescimento foi de 50% se comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike). A venda de bikes elétricas também merece destaque por ter aumentado: com ela é mais fácil ver essa percepção de que a bicicleta, nos grandes centros, pode ser usada como meio de transporte a substituir tanto os carros, como a interação com os veículos públicos coletivos.
Além disso, em um cenário bastante provável de quarentenas intermitentes – que podem atingir bairros e regiões de cidades, dependendo do espalhamento do vírus – a recomendação para um maior uso de bicicletas na locomoção segue em alta, como determinou a OMS (Organização Mundial da Saúde) em uma nota divulgada no mês de abril: “Sempre que for possível, considere andar de bicicleta ou a pé: isso proporciona distância física e ajuda a cumprir o requisito mínimo para a atividade física diária, que pode ser mais complicado de ser feito devido ao aumento do trabalho em home office e ao acesso limitado a outras atividades recreativas”, dizia o documento.
Para quem ainda não havia considerado o assunto, a plataforma online Semexe.com, que é referência na compra e venda desses produtos, sejam novos ou usados, pode ser um bom start. Maior endereço online do Brasil dedicado ao mercado de bikes, trás produtos de todos os tipos e valores, além de ser uma boa alternativa para pesquisar sobre o tema sem ter que sair de casa. E você, pretende aderir a essa onda?
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