O avanço da tecnologia e a pressa do dia-a-dia levaram à uma nova era, onde as pessoas podem ter milhares de opções nas palmas das mãos, sem a necessidade de sair de casa. Mais conhecido como delivery, o serviço foi o assunto em pauta no painel “As delícias de ser impaciente. Quando o tempo vale mais que o produto?”, realizado no o primeiro dia da 17ª edição do CONAREC.
Em tempos de smartphone o mercado vive um processo de imensa aceleração e o universo digital transformou o modelo de negócios de inúmeras empresas.
“O consumidor muda, muda os estilos e temos que mudar junto […] o mundo está acelerado, as demandas são aceleradas. Nunca o mundo teve tanta urgência do agora”
Lucas Mancini
Diretor de Delivery e Canais Digitais do Habib’s.
Para muitos, a demanda de aceleração foi notada como um catalizador de inovação. O Banco Inter é uma das empresas que mergulhou no cenário e colheu bons frutos. Com 25 anos de história, o estabelecimento passou por uma migração digital em 2015 e que resultou em um potente crescimento na bolsa de valores nos últimos meses.
Seus clientes passaram de 700 mil para 3 milhões, se mantendo como o maior banco digital do Brasil.
“As pessoas estão cada vez mais rápidas, mas elas também estão mais esclarecidas em relação ao quanto querem pagar pela melhor experiência”
Bárbara Pamplona
Head de marketing
A necessidade de levar credibilidade através do canal digital é um dos objetivos de importância para o Inter. “Temos isso muito claro dentro do banco, em cada reunião, com a nossa proposta de ser um banco transparente e um banco parceiro. Acho que para estabelecer essa relação forte com o cliente, ainda que não exista uma presença física, existe uma sinergia em relação aos valores que é de ser uma banco justo”, explicou a head.
A Loggi, startup especializada em logística para a última milha, está no mercado há seis anos e realiza entrega de documentos, alimentos e produtos de e-commerce, com grande destaque no cenário do delivery. A empresa apesar de ser nova sentiu desde o inicio a era digital como um catalizador.
“O consumidor muda e as empresas evoluem junto. Aquelas que não conseguem evoluir tendem a ter mais dificuldade”
Francesco Losurdo
Diretor de crescimento da Loggi
O senso de urgência
As mudanças nos hábitos de consumo dos últimos anos são claramente visíveis. Hoje há uma grande necessidade em tudo ser de uma maneira right now. “É velocidade, as pessoas não querem perder tempo”, expôs Lucas.
Atualmente qualquer pessoa pode baixar um aplicativo e em poucos minutos fazer o processo de abertura de conta sem aquela velha burocracia de agencia tradicional e isso é significativo para os clientes, por exemplo. “Para as relações serem transparentes não necessariamente precisamos estar ali frente à frente com o cliente. E esse cliente, sendo cada vez mais bem informado e esclarecido, vai olhar de perto quem são aquelas instituições financeiras que têm uma proposta de valor”, destacou Bárbara.
Para Francesco, mesmo com a sede de pressa, os clientes sabem onde querem investir seu tempo e por isso o delivery facilita. “A escolha de você comprar um objetivo em um loja virtual, provou que as pessoas não querem mais sair oara ir no shopping comprar”, realçou.
O diretor da Loggi ainda ressaltou que o cenário exige uma pressão e que o mundo corporativo e o mundo da logística estão apressados. “Para mim a questão da pressa vem para otimizar recursos em um certo sentido”, finalizou.
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