No período de Natal de 2015, as vendas de livros caíram 7,5% no número de exemplares e 4,5% no faturamento em comparação a 2014, mostram dados do 11º Painel das Vendas de Livros do Brasil, apresentados pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen. Os números têm como base o resultado de Nielsen BookScan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados.
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As únicas variações positivas ocorreram no acumulado de 12 meses (2,52%) em exemplares e de 3,43% em valores em relação ao ano anterior. De acordo com os resultados, considerando a inflação anual de 10,67%, o resultado real é uma queda de 7%.
?Obviamente o mercado editorial não é imune à crise, no entanto foram vendidos 1 milhão de livros a mais em 2015. Os três últimos períodos do ano foram particularmente pesados, mas não netralizaram integralmente os ganhos anteriores. A performance em faturamento merece análise mais aprofundada, já que são muitas as variáveis envolvidas além da própria inflação do período. Os números indicam que os varejistas enfrentaram a crise cedendo menos descontos. As editoras sentiram mais a crise, já que o preço médio se manteve praticamente paralisado?, comentou em nota Ismael Borges, Associate Manager da Nielsen.
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Na projeção de vendas das editoras, a variação de faturamento é de 0,31%, uma queda real (considerando a inflação) de 9,36%. ?Esperávamos uma recuperação das vendas no 4º trimestre de 2015, após o excelente resultado da Bienal do Rio de Janeiro, mas infelizmente ela não veio. Temos que nos preparar para enfrentar 2016, com a previsão da manutenção do quadro recessivo?, comenta Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.
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