O Dia dos Namorados brilha como uma das datas mais emblemáticas no calendário comercial brasileiro. Isso porque nada menos que 78% dos casais mantêm viva a tradição de trocar presentes. Essa revelação vem da pesquisa “Entre nós: Como as relações pessoais moldam o comportamento de consumo?”, da MindMiners, especialista em pesquisa de opinião.
Uma das principais conclusões da pesquisa revela uma correlação direta entre a duração do relacionamento e o interesse pelo Dia dos Namorados. Casais que estão juntos há até três anos mostram maior entusiasmo pela data, com 87% deles comprando presentes. Esse índice diminui para 80% entre casais que têm de 4 a 10 anos de união. Adicionalmente, a taxa reduz para 72% entre aqueles com mais de uma década de relacionamento.
Comportamento dos namorados
“Os dados apontam uma mudança no comportamento romântico dos brasileiros à medida que os relacionamentos se tornam mais maduros. Casais mais jovens tendem a valorizar mais as tradições românticas, enquanto os relacionamentos mais duradouros priorizam outras formas de demonstrar afeto”, analisa Danielle Almeida, CMO da MindMiners.
Ademais, casais mais novos tendem a investir mais tempo e recursos em celebrações que reforçam a conexão emocional. Por outro lado, casais mais estabelecidos podem passar a enxergar essa data de forma mais pragmática, focando na praticidade ao invés do simbolismo. Essa diminuição no entusiasmo pode ser também atribuída a uma maior familiaridade e ao conforto que se desenvolve ao longo do tempo, levando a uma abordagem menos romântica das datas especiais.
Outras variáveis, como a situação econômica e o estilo de vida, também podem impactar como os casais celebram o amor, fazendo com que alguns prefiram jantar em casa ou atividades simples ao invés de presentes elaborados ou grandes comemorações.
A análise sugere que o desgaste natural nas relações pode influenciar o nível de apreciação por datas comemorativas, como o Dia dos Namorados, por exemplo.
Dia dos Namorados: Moda em foco
Eduardo Augusto é CEO da IDK, consultoria especializada em marketing, comunicação e tecnologia. Analisando os dados, ele acredita que há uma mudança significativa nas escolhas de compra dos consumidores, especialmente entre as gerações mais jovens.
“Por trás desses números, há uma transformação profunda no comportamento do consumidor. Isso se dá especialmente na Geração Z, que deverá movimentar cerca de US$167 bilhões em gastos com beleza até o final de 2025”, ressalta.
Entre as categorias mais utilizadas para presentear no Dia dos Namorados, destaque para:
Dia dos Namorados e as marcas
Para a pesquisa, a Mindners entrevistou 2 mil consumidores. Eles são de diferentes regiões do Brasil e pertencem às classes ABC.
No que diz respeito às marcas mais lembradas, a grande campeã do “jogo de amor” é O Boticário. Ela foi mencionada por 19% dos consumidores como a marca ideal para essa ocasião especial. Logo atrás, aparecem Natura (9%), Cacau Show (5%), Renner (3%) e Nike (3%).
A CMO da MindMiners, Danielle Almeida, destaca um aspecto fascinante desse ranking: “O Boticário não apenas se consolidou como um ícone de presente romântico no imaginário nacional, mas faz isso com uma liderança impressionante, quase o dobro da segunda colocada. Isso demonstra que marcas que se empenham em associar seus produtos a momentos especiais e emoções positivas conseguem criar uma conexão duradoura com o consumidor. Elas transformam datas comemorativas em oportunidades valiosas para fortalecer laços afetivos.”
Geração Z
Contrariando as expectativas sobre uma geração que cresceu em um ambiente de relacionamentos mais fluidos, os dados mostram que 47% dos solteiros e das pessoas em relacionamentos casuais desejam se casar no futuro. Apenas 28% afirmam não ter interesse no tema, enquanto 25% se mostram indecisos.
A Geração Z, mesmo inserida em um contexto digital e com diversas formas de relacionamento à disposição, demonstra um maior interesse pelo casamento tradicional. Entre aqueles que não têm desejo de se casar, destaca-se o aumento entre as mulheres, que veem o casamento cada vez mais como uma escolha pessoal e não como uma obrigação social.
Com maior autonomia financeira, acesso à educação e poder em suas próprias decisões, outras prioridades têm ganhado destaque, refletindo uma mudança estrutural nos padrões de relacionamento na sociedade brasileira.
Interação nas redes sociais
A pesquisa revelou um fenômeno interessante no comportamento de quem busca relacionamentos: 45% dos entrevistados preferem utilizar redes sociais tradicionais para conhecer novas pessoas, superando aplicativos específicos de encontros, que ocuparam a terceira posição com 23%.
“As redes sociais deixaram de ser meros canais de divulgação e se tornaram verdadeiros marketplaces. O consumidor atual deseja descobrir, avaliar e adquirir produtos sem sair da plataforma. Apesar de sua nova função de busca de produtos e serviços, as redes mantêm sua principal função social, que é promover a interação entre as pessoas. Hoje, o usuário espera se conectar, conhecer novas pessoas e até iniciar um relacionamento, tudo dentro das plataformas. Assim, grande parte da vida de um indivíduo é mediada pela internet”, analisa o cofundador da Boomer, empresa de Minas Gerais especializada em soluções inteligentes de marketing digital focado em performance, Pedro Paulo Alves.
Prêmio Consumidor Moderno 2025
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