A semana termina com uma notícia de avanço significativo no âmbito da pesquisa em Inteligência Artificial (IA) e física quântica no Brasil. Isso porque o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) lançou o Laboratório de Tecnologias Quânticas e o Laboratório de Inteligência Artificial para Física. A oportunidade contou com uma solenidade lançamento da Pedra Fundamental do novo edifício do CBPF. Isso significa a expansão do centro de pesquisa em física. Ele ficará no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Cidade Universitária.
A iniciativa ocorre em um momento simbólico. Isso porque coincide com o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica, estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco).
Um marco para a IA no Brasil
A mesa solene do evento foi composta pelas seguintes autoridades:
- Luciana Santos, ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI);
- Luiz Manuel Rebelo Fernandes, secretário-executivo do MCTI;
- Elias Ramos de Souza, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep);
- Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro;
- Marcio Portes Albuquerque, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas;
- Romildo Toledo Filho, diretor do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Romildo Toledo Filho, diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, disse, em seu discurso, que o Parque começou com uma forte atuação em petróleo, gás e energia – especialmente por ter surgido no período do pré-sal. E agora ele está expandindo suas áreas de atuação. Prova disso é que, no ano passado, a Fiocruz se instalou lá. Considerando que o lançamento da Pedra Fundamental simboliza a cooperação entre o CBPF e as várias unidades acadêmicas da UFRJ, ele vê a iniciativa como um marco. “Um projeto dessa magnitude demonstra a relevância que o MCTI atribui a iniciativas estruturantes. Este é um dos grandes projetos estruturantes do Estado e da cidade do Rio de Janeiro, talvez um dos maiores do mundo”.
IA e políticas públicas
Isso evidencia que, com políticas públicas bem elaboradas e executadas, é possível realizar as transformações necessárias em nossa sociedade. “Estou certo de que o CBPF encontrará um ambiente favorável para avançar na inovação, especialmente nas áreas de física quântica, nanomateriais e em parceria com várias indústrias já estabelecidas aqui”, disse, enaltecendo que a saúde se beneficiará com a ampliação do laboratório, especialmente nas áreas relacionadas a nanopartículas.

Na sequência, foi a vez do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos, apoiador do projeto do novo edifício do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Elias Ramos de Souza, se pronunciar. “Hoje, testemunho uma conexão tão forte entre ciência, tecnologia e inovação e a política de desenvolvimento do País como nunca antes. Essa integração é muito significativa e a Finep tem enfatizado os investimentos nessas áreas em forte sinergia com a nova política industrial do Brasil. De 2023 até maio de 2025, a Financiadora contratou R$ 37 bilhões em projetos, dos quais R$ 31 bilhões estão diretamente associados à política industrial, ou seja, aproximadamente 85% dos projetos que estamos contratando estão alinhados com a política de desenvolvimento do País.”
Sementes
Por sua vez, o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, professor Márcio Portes de Albuquerque, começou seu discurso dizendo o seguinte: “Este ato é simbólico. E atos simbólicos são sementes. Estamos aqui hoje porque plantamos uma semente muito importante para a ciência e tecnologia do nosso País. Projetamos uma visão de futuro para uma instituição de física dentro de um parque tecnológico, dentro da maior universidade federal do Brasil. Estamos prontos e dispostos a assumir essa responsabilidade com determinação, para que o CBPF exerça um papel estratégico na pesquisa básica, que é a nossa missão, além de dialogar cada vez mais com a inovação e a indústria. Por isso, o parque tecnológico é essencial.”
Em suas palavras, o novo prédio terá cinco eixos principais. Um deles será dedicado à nanotecnologia, tanto para tecnologias quânticas quanto para saúde. Outro eixo estará voltado para a instrumentação científica, essencial para o desenvolvimento de detectores, além de um terceiro eixo para grandes cooperações internacionais e para a indústria local. O quarto eixo tange à Inteligência Artificial. E o último é um hub de inovação para física.
O laboratório de IA para física se dedica a desenvolver algoritmos e modelos que possam analisar dados complexos, auxiliando os pesquisadores em suas investigações. Essa tecnologia permitirá a tomada de decisões mais precisas, além de acelerar o processo de descoberta em diferentes ramos da física. Ambas as iniciativas são um reflexo do compromisso do Brasil em inserir-se ativamente na vanguarda da IA globalmente.

Um marco para a Ciência
De acordo com a ministra Luciana Santos, do MCTI, a iniciativa marca um importante marco para a ciência nacional, a IA, e um passo estratégico para solidificar o Rio de Janeiro como um centro de excelência e inovação em física. Decerto, ela vê as novas instalações e a futura expansão colocarão o CBPF como um hub para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador em Física.
Luciana destacou a importância da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento do Brasil. E falou da necessidade de maior compreensão da população sobre o papel estratégico dessas políticas públicas, e a importância do financiamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para o avanço da pesquisa e inovação no País. “Em suma, a presença do laboratório na UFRJ não apenas criará um ambiente propício para a pesquisa de ponta, mas também colaborará na formação de profissionais altamente qualificados na área de física quântica.”
O CBPF também visa fomentar parcerias com organizações internacionais, ampliando seu alcance e influência no cenário científico global. A expectativa é que essas colaborações tragam não apenas o compartilhamento de conhecimentos, mas também recursos e investimentos que sustentem pesquisas inovadoras.

O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, é um instituto de excelência em pesquisa e pós-graduação em Física teórica, experimental e aplicada. Como unidade de pesquisa do MCTI, fornece infraestrutura para grupos de pesquisa no Brasil e no exterior, além de atender à indústria nacional.
O CBPF também visa fomentar parcerias com organizações internacionais, ampliando seu alcance e influência no cenário científico global. Nesse ínterim, a expectativa é que essas colaborações tragam não apenas o compartilhamento de conhecimentos, mas também recursos e investimentos que sustentem pesquisas em IA.
Os resultados dessas iniciativas ainda estão por vir, mas representam uma esperança de evolução significativa nas áreas de ciência e tecnologia no Brasil.
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