A popularização dos assistentes de voz, como Google Assistant e Alexa, da Amazon, terá reflexos na Black Friday. De acordo com pesquisa da Wunderman Thompson Commerce, este será o ano em que a compra por voz se consolidará, podendo chegar a 10% de todo o comércio até 2022.
“Enquanto em 2016 vimos a maioria das compras da Black Friday sendo feitas pelo celular, em 2019 veremos o aumento contínuo de canais sociais como o Instagram – devido ao seu papel inspiracional – e o verdadeiro estabelecimento de compras por voz”, afirma Hugh Fletcher, chefe global de consultoria e inovação da Wunderman Thompson Commerce.
Os varejistas que investirem na compra por voz podem esperar de seus consumidores mais fidelização e confiança. Segundo pesquisa da PwC, 80% dos consumidores que já compraram por meio de assistentes de voz estão satisfeitos, sendo que 39% deles compraram mais vezes do mesmo estabelecimento e compartilharam da experiência positiva com amigos e familiares.
O estudo da Wunderman Thompson Commerce é focado no público britânico. No Brasil, o comércio por meio de assistentes de voz ainda está em fase inicial.
A Amazon, maior player neste segmento, só lançou a versão em português de sua assistente virtual, a Alexa, em outubro deste ano, junto com as caixas de som controladas por voz da linha Echo.
Smartphone impulsiona comércio online no Brasil
A Black Friday brasileira tem no smartphone o seu maior impulsionador de compras online. De acordo com estudo da Nielsen, as vendas online por dispositivos móveis representaram 52,8% dos pedidos, somente nos primeiros onze dias de novembro deste ano.
Além da maior penetração dos smartphones na população brasileira e dos avanços da internet móvel no país, a compra via mobile também cresce pela forte presença das ofertas da Black Friday nas redes sociais, dando ao consumidor mais conhecimento sobre as promoções em tempo real.
Um relatório de tendências de consumo do Think With Google mostra que a Black Friday no Brasil também serve como porta de entrada para o mundo das compras online.
De acordo com o Google, 8 milhões de brasileiros, ou 12% dos que pretendem consumir na Black Friday 2019, vão comprar online pela primeira vez.
“A cada Black Friday, o digital ganha novos degraus de importância como canal de transações no país, já que são suas vantagens que levam o consumidor mais receoso a tomar coragem e fazer sua primeira compra online”, diz o relatório.
Faturamento recorde no Brasil
A tradição da Black Friday no Brasil é recente e começou a ganhar tração em 2011, quando teve um faturamento de R$ 100 milhões. Para este ano, a consultoria Nielsen estima um faturamento de R$ 3,07 bilhões – uma alta de 18% em relação ao faturamento de R$ 2,6 bilhões de 2018.
De acordo com a pesquisa, as ações dos varejistas, que têm se preparado melhor em relação a estoques, estrutura dos sites e aplicativos e investimento em tecnologia e publicidade, ajudam a consolidar a Black Friday como principal data do comércio eletrônico brasileiro, faturando em dois dias o equivalente a 5% do e-commerce no país.
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