*Por Adriana Fonseca
Os assistentes de voz inteligentes chegaram ao mercado e mudaram a forma como as pessoas interagem com aparelhos digitais e a internet. Começaram a marcar presença nos smartphones, com a Siri no iPhone e o Google Assistente nos dispositivos com tecnologia Android.
Depois, ganharam espaço dentro de casa, incluindo aí a Alexa, da Amazon, e passaram a permitir que as pessoas pedissem para um dispositivo, através de um comando de voz, tocar músicas ou transmitir filmes e séries na televisão. Em um passo mais adiante, os assistentes de voz tornaram possível acender a luz de uma casa inteligente (totalmente conectada) e fazer compras online.
Hoje, um em cada dez consumidores americanos (9,6%) já usam dispositivos ativados por voz para fazer compra – um aumento de 25% em relação ao ano passado. O dado faz parte do estudo anual da PYMNTS “How We Will Pay”, realizado em colaboração com a Visa.
O estudo, focado no público americano, também aborda tendências baseadas nos comportamentos atuais que podem ser replicados em outras regiões.
Segundo a pesquisa, os consumidores têm interagido cada vez mais com dispositivos habilitados para voz e atualmente 3 em cada 10 pessoas já possuem assistentes de voz.
As interações com esses assistentes vão desde checar a temperatura do momento ou a previsão do tempo, até fazer uma chamada telefônica e realizar compras.
A verdade é que hoje as pessoas usam os recursos de voz ao longo de toda sua jornada de compra, desde a pesquisa e comparação de características de um produto e preços até a inclusão do item no carrinho virtual.
Compras online a qualquer momento
Hoje, as compras online são feitas de qualquer lugar e a qualquer momento. De acordo com o estudo da PYMNTS, mais de três quartos (76%) dos entrevistados disseram que já fizeram pelo menos uma compra enquanto realizavam outra atividade diária e, especificamente, 39% já compraram enquanto pagavam contas, 34% enquanto almoçavam, 27% enquanto jantavam e 19% enquanto trabalhavam.
De acordo com o levantamento, fazer compras enquanto se assiste TV aumentou 19% na comparação com a pesquisa do ano passado.
“O comércio conectado cria um ambiente de oportunidade para os consumidores e os momentos de compra, independentemente do dispositivo, são a qualquer hora, durante qualquer atividade que o consumidor esteja fazendo”, pontuou o relatório do estudo.
O estudo “How We Will Pay” entrevistou cerca de 5 mil consumidores com 18 anos ou mais nos Estados Unidos.
Perfis dos consumidores que mais compram com dispositivos de voz
A pesquisa detectou dois grupos de consumidores que detêm mais dispositivos que a média: “superconectados” e “bridge millennials”.
O consumidor “superconectado”, com 42 anos em média, tem o maior número de dispositivos conectados entre todos os grupos: 7,7, enquanto o consumidor médio tem 4,9. Entre eles, 40% têm curso superior e 51% ganham mais de US$ 100 mil por ano.
Entre os “superconectados”, 58% usam seus dispositivos ligados à internet para fazer compras. Quando questionados por que compram através do dispositivo, 89% dizem para economizar dinheiro, 87% para reduzir frustrações com a espera na fila e 87% por ser mais conveniente.
O consumidor “bridge millennials” tem 36 anos em média e seis dispositivos conectados. Esse perfil fica entre duas gerações – a milênio e a X – e 40% deles ganham mais de US$ 100 mil por ano, enquanto 42% têm curso superior.
Entre eles, 59% usam seus dispositivos ligados à internet para fazer compras. Quando questionados por que compram pelo dispositivo, 86% dizem querer economizar dinheiro, 86% para reduzir frustrações com a espera na fila e 85% por ser mais conveniente.
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