O Governo Federal publicou a versão final do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). O documento orienta o desenvolvimento ético, seguro e sustentável da IA no País, com previsão de até R$ 23 bilhões em investimentos ao longo dos próximos quatro anos.
“A versão apresentada ao presidente Lula já passou por atualizações incrementais”, afirma Caetano Penna, diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que prestou apoio técnico ao plano. “Com o PBIA, mostramos que o Brasil atua para ser protagonista ativo na definição dos rumos da Inteligência Artificial global.”
O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial está sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Supercomputador e incentivo à produção nacional
Uma das metas mais ambiciosas do plano é a aquisição de um supercomputador de última geração, capaz de colocar o Brasil entre os cinco países com maior poder de processamento de dados no mundo.
A expectativa é que a nova infraestrutura acelere projetos de pesquisa em Inteligência Artificial e fortaleça a capacidade tecnológica nacional.
“Somos líderes na América Latina em produção científica sobre o tema e temos forças e oportunidades para consolidar a IA como vetor de desenvolvimento e projeção internacional do País”, completou Penna.
Construção coletiva e foco brasileiro
Resultado de um processo de construção coletiva, o PBIA contou com participação ativa de representantes do governo, academia e setor produtivo. O documento reforça a ideia de uma tecnologia alinhada às demandas nacionais.
“Não desejamos simplesmente importar soluções, queremos desenvolvê-las aqui, por brasileiros e para brasileiros, considerando nossas particularidades sociais, culturais e econômicas”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Diretrizes e aplicação da Inteligência Artificial
O plano estabelece um conjunto de diretrizes que vai além da pesquisa acadêmica e da formação de profissionais especializados. Um dos focos é criar um ambiente regulatório que garanta segurança no uso da tecnologia, com regras claras sobre transparência e proteção de dados.
Outra frente de ação é estimular o uso da Inteligência Artificial em políticas públicas, com o objetivo de modernizar serviços essenciais e apoiar a formulação de decisões baseadas em evidências concretas.
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