Nos últimos anos, a Natura tem se destacado por suas inovações no setor de cosméticos. Sua abordagem não se limita apenas à criação de produtos, mas se estende por estratégias de comunicação, experiências para o consumidor e compromisso com a responsabilidade social e ambiental. Uma das iniciativas foi banir, em 2006, os testes de seus produtos em animais.
Roseli Mello, líder global de P&D da Natura, explica que uma empresa que produz tecnologia de ponta e desenvolve vários bioativos exclusivos, a partir da biodiversidade, é mandatório que esteja na vanguarda da segurança de produtos e testes de eficiência. Nesse cenário, a empresa não só fomenta sua rede de pesquisa, com universidades, em institutos desenvolvimento de novos métodos, como investe uma parte importante de seus recursos – tanto humanos, quanto financeiros – na busca de novas metodologias.
“Foi algo fácil no sentido da decisão, porque isso está muito ligado aos nossos valores. A Natura respeita toda e qualquer forma de vida, e neste ambiente de respeitar toda e qualquer forma de vida, tomamos a decisão de simplesmente não testar mais em animais. Muitas vezes, deixamos de usar alguns ingredientes e algumas coisas que estavam no mercado porque eles tinham sido testados em animais. Estabelecemos isso e, em paralelo, desenvolvemos todas as metodologias que permitem criar os produtos. A partir do momento que uma empresa como Natura, um player relevante no mercado, toma essa decisão, começa a movimentar todos os seus fornecedores. Quando digo que não testo e não compro de ninguém que testa, toda a sua rede de fornecedores tem que também não testar. Assim, criamos uma onda positiva em favor disso”, comenta a executiva.
“Outro resultado foi o grande avanço que tivemos em ciência para descobrir novas metodologias e trabalhar com essas metodologias. Fomos a primeira empresa do Hemisfério Sul a conseguir o selo cruelty free para os nossos produtos. Temos essa tranquilidade de saber que ninguém sofre; não tem nem uma energia de sofrimento colocada no produto que você está usando para se embelezar para se sentir bem”, completa.
Para não fazer testes em animais, a Natura tem usado uma tecnologia chamada Human-on-a-chip, que consiste na combinação de estruturas biológicas equivalentes a órgãos humanos, fabricados em laboratório, integrados de forma a reproduzir o funcionamento do organismo. Em seu laboratório, é produzida a pele em que serão testados os novos produtos da marca.
“Quando desenvolvemos um novo ativo, ele precisa ser testado em relação à segurança e a eficácia. O fato bioimprimir pedaços de pele faz isso. As peles já eram usadas na indústria antes e eram, ou são, tiradas de explante de cirurgia plástica. Só que isso tem uma variação enorme, porque cada pessoa é uma pessoa; cada pessoa tem uma pele que está em um estado diferente. Conseguimos padronizar essa metodologia e essa técnica de imprimir a nossa própria pele”, explica a executiva.
“Conseguimos imprimir quadradinhos bem pequenininhos de peles que simulam o que vai acontecer numa pele humana, com muito mais reprodutibilidade, fazendo que os nossos resultados sejam cada vez mais assertivos. Podemos também submeter essa pele a um envelhecimento. Ela pode ser com mais melanina, com menos melanina, testarmos os ativos em diferentes condições. Hoje, a pele 3D é um importante recurso para nós, para testarmos novos bioativos, de novos cosméticos, tanto para segurança, quanto para a eficácia”, completa.
Além de reproduzir a pele humana para testar seus produtos, a Natura usa uma tecnologia que consegue simular órgãos do corpo, como fígado e intestino. Assim, nos testes é possível saber se haverá toxicidade e provar que o produto desenvolvido pela empresa é seguro, com suas funções específicas. Isso é feito para garantir que todos os cosméticos sejam seguros para os consumidores.
Bem estar bem e relacionamento com as comunidades amazônicas
Com foco em desenvolver e comercializar cosméticos que promovam um legado “bem estar bem” da marca, a Natura cria produtos e serviços que promovem uma relação harmoniosa do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com a natureza. Para isso, é importante se atualizar sobre as necessidades humanas. Diante disso, suas criações são desenvolvidas diante da idealização e tangibilização. Nesse processo, a empresa tem trabalhado com comunidades da Amazônia e seus fornecedores.
“Na Amazônia, temos um grupo que pesquisa novos bioativos a eles descobrem, por exemplo, que o Tucumã tem uma manteiga e um óleo maravilhoso, que promovem a geração, a síntese de ácido hialurônico, e isso faz com que a pele tenha menos sinais de envelhecimento. Com essas informações, fazemos uma pesquisa, trazemos para o laboratório, entendemos como que esse óleo e essa manteiga devem ser processados. Através dos testes de sequenciamento de DNA, usando Human-on-a-chip, a pele 3D e várias outras técnicas, determinamos quanto deve se usar da manteiga para ter tal efeito”, comenta Roseli.
Após o desenvolvimento da fórmula, o extrato deve ser incorporado em um produto que promova todas essas propriedades citadas antes. Assim, é formulado um creme e feitos todos os testes, sempre com um consumidor no centro. Ao mesmo tempo, é desenvolvida uma embalagem buscando os materiais que causam menos impacto na natureza, com o uso do máximo de produto e materiais reciclados pós-consumo. Após, é desenhada a embalagem, como a fase de produção da fragrância, com o apoio de um núcleo especializado e uma perfumista interna. Feitas as testagens, tanto de segurança como com o consumidor, o novo cosmético está pronto para ir ao mercado.
Nesse cenário, existe uma repartição de benefícios para os envolvidos no processo. A relação com as comunidades amazônicas, de onde são comprados os produtos ou/e materiais naturais, faz com que seja gerada uma receita para o local e fomente a economia da região. Além disso, é distribuído valor com os outros fornecedores e colaboradores, bem como com a rede de consultoras que vendem os produtos Natura. Todos os envolvidos são beneficiados.
De olho nos sentimentos do mundo
Um dos resultados das pesquisas e conhecimentos desenvolvidos pela Natura é a Linha Todanoite, dentro da Linha Tododia. Diante de um cenário em que a ansiedade se tornou tão presente na vida das pessoas, foram criados produtos sensoriais que permitem uma melhor noite de sono.
“Não somos indústria farmacêutica, nós somos uma indústria de bem-estar de beleza, mas percebemos que a qualidade do sono é uma coisa que pode ajudar muito todo mundo se sentir bem. Sabemos que essa é uma das preocupações atuais: como dormir melhor. Então, desenvolvemos uma linha, dentro da Linha Tododia, que é a Todanoite. A fragrância que foi testada por neurociência, e todos os produtos são testados no Instituto do Sono”, explica Roseli.
“Não é um remédio e não vai curar uma pessoa que está doente, mas traz um ritual, um momento de tranquilidade que facilita a noite de sono. Esse é um exemplo recente no meio de tantos outros, mas que mostra a nossa conexão com as necessidades das pessoas, e como o nosso conhecimento pode fazer um dia a dia melhor”, acrescenta.
Os conhecimentos tradicionais da medicina da floresta
A região amazônica, rica em biodiversidade e imersa em uma exuberante sinfonia de vida, abriga não apenas uma vasta diversidade de espécies vegetais e animais, mas também um tesouro de saberes ancestrais e práticas de cura que há séculos vêm sendo cultivados por seus povos. No coração dessa selva exuberante, a medicina natural e os conhecimentos tradicionais desempenham um papel vital na preservação da saúde e no equilíbrio harmonioso entre o homem e a natureza. Ao mergulharmos nos ensinamentos da medicina natural da Amazônia, a Natura descobre um universo fascinante de plantas e uma sabedoria regional que oferece perspectivas valiosas para o desenvolvimento de seus produtos.
“Quanto a medicina da floresta, chamamos de conhecimentos tradicionais e escutamos muito esses conhecimentos. Temos como exemplo o caso da Linha Patauá, que favorece o crescimento rápido dos cabelos. Fomos a uma comunidade que já era a nossa fornecedora de outros ativos e percebemos que as mulheres tinham os cabelos mais maravilhosos do mundo. Perguntamos o que elas passavam, e elas usavam o óleo de Patauá, porque deixava os fios bonitos, brilhantes e fortes. Quando fomos estudar, descobrimos que era mais do que isso: ele ainda fazia o cabelo crescer mais rápido e evitava a queda. Então, juntamos as duas coisas. Assim, o Patauá, que lá que tinha um valor baixo, passou a ser mais valorizado. Essas pessoas que coletam Patauá, hoje têm uma condição de vida melhor do que tinham antes”, conta.
“São milhões e milhões de anos em que a natureza já resolve muitos problemas. Nós nos inspiramos na floresta para desenvolver os nossos produtos e os nossos bioativos, mas não só na parte da floresta. Essa floresta é habitada por pessoas que também estão lá há muito tempo, e que conhecem como ninguém toda aquela biodiversidade. Há 20 anos construímos relações com essas comunidades”, ressalta.
Um time da empresa, composto por biólogos, agrônomos e químicos, está concentrado na região amazônica. Além disso, existe um laboratório no local, que fica na cidade de Benevides, no Pará. São pessoas que estão diretamente o tempo todo em expedição pela Amazônia, sempre junto com alguém que conhece a área. Nessas expedições, é possível identificar alguns potenciais.
Roseli reforça que são 20 anos de um compromisso com a Amazônia. Nessas duas décadas, foi lançada também a Linha Ekos. Para as embalagens, o material vem de PET reciclado. Ainda segundo a executiva, desde então surgiu um olhar respeitoso e de admiração pelo que a floresta, a natureza, tem sabedoria. Além disso, sobre o uso de material reciclado para a produção de embalagens, Roseli explica uma indústria feita responsável pela produção, enquanto a Natura assegura que aconteça de forma sustentável e com plástico oriundo das cooperativas de reciclagem.
“Da mesma maneira que trabalhamos com os fornecedores na Amazônia, trabalhamos com fornecedores de plástico, para ter certeza de que vem de uma fonte segura, que não utiliza nenhum trabalho que não seja adequado. Tudo isso é auditado. Esse plástico vai para a indústria que produz o nosso frasquinho. Nossas especificações são: tem que ser 100% reciclado e vir das cooperativas A e B. É necessário ter muita tecnologia, porque nem sempre trabalhar com um plástico virgem, que nunca foi usado, é a mesma coisa de trabalhar com o que já foi usado. Então, temos algumas coisas que precisamos adaptar e desenvolver até chegar e na possibilidade de uso”, frisa.
Vale lembrar ainda que todas as tampas das embalagens de Natura Kaiak, Kaiak Pulso, Kaiak Aventura e Kaiak Oceano, foram produzidas com resíduo plástico coletado do litoral brasileiro.
Entre as inovações da Natura, está o olhar no amanhã
Diante de tais inovações e da busca por desenvolver produtos que sigam à risca os padrões sustentáveis da empresa, é necessário ter um olhar no presente, mas com foco no futuro. Nesse caminho, a líder global de P&D da Natura relata ter um time de pessoas que têm um olhar sempre à frente. Isso é necessário para o mapeamento de tendências, e para acompanhar de perto as evoluções da ciência. Além disso, alguns cientistas fazem parte desse time e estão focados em participar de congressos, bem como se atualizar sobre o que tem sido publicado na área.
“Como trabalhamos com inovação aberta, também temos contato com cientistas que estão no mundo inteiro. Além disso, temos ferramentas computacionais, de inteligência artificial, em que consigo, a partir de uma palavra-chave e de um assunto que quero pesquisar, fazer uma varredura em todos os artigos científicos que estão sendo publicados sobre aquele tema. Assim, é possível entender exatamente o que está acontecendo no mundo. Também fazemos o mapeamento de startup: quem está se juntando com quem; quem está desenvolvendo o que. Temos ainda um olhar para o que está acontecendo com o consumidor, em termos de comportamento e quais são as questões socioambientais do momento para que, com o nosso trabalho, ajudar a minimizar resolver”, comenta.
“Trabalhar em uma empresa como a Natura, que tem um propósito tão claro e metas socioambientais tão desafiadoras, faz com que nós, de inovação, tenhamos sempre o que perseguir. Os desafios socioambientais, na verdade para nós, são estímulos, porque a ciência torna possível o que não era possível ontem”, reforça.
Por dentro do Centro de Inovação da Natura
No Centro de Inovação da Natura, em Cajamar, é suportada toda a operação da marca. Inaugurado em 2001, o espaço comporta fábricas, laboratórios, escritórios, restaurantes, clínicas médicas e lojas. Além disso, há um berçário com capacidade para 160 crianças que têm entre quatro meses e três anos de idade, filhos de colaboradores da Natura. Tudo foi projetado pelo arquiteto Roberto Loeb, que tinha a missão de criar um ambiente ecoeficiente e que reflita os valores da companhia.
Quanto à ecoeficiência, as paredes são feitas com concreto puro, para manter o ambiente mais fresco e consumir menos energia com ar-condicionado. Além disso, é usado muito vidro nos espaços para permitir a luz natural. Além disso, há uma floresta dentro do terreno da Natura. Já os espaços, são integrados. Todos os prédios são conectados com pontes, que permitem que as pessoas transitem tranquilamente. Outro ponto mostrado na visita é um lago, onde são criadas carpas. Porém, a água é original das fábricas da Natura. Ou seja, um exemplo de tratamento, que a deixa 100% pura para os peixes viverem e se reproduzirem.
Fechar os olhos e sentir o cheiro
Na Natura, existe uma filosofia de que a perfumaria é algo que tem que se sentir além, sem ser possível explicar com palavras. Sendo assim, dentro do Centro de Inovação há uma sala com uma música ambiente em que o perfume exala. É um convite para que os visitantes fechem os olhos e sintam o cheiro exalado no local.
Existe um espaço, inaugurado em 2021, com o objetivo de mostrar de forma objetiva qual é a mensagem da perfumaria. Como uma das maiores do mundo, o destaque acontece pelos três grandes pilares da Natura: sustentabilidade; uma paleta de ingredientes inéditos e inaugurados na casa da marca; e a perfumista exclusiva, Verônica Kato. No último caso, essa especialista não apenas cria as fragrâncias da companhia, como também cocria com outras marcas. Com milhares de possibilidades, são combinados ingredientes nacionais e internacionais.
Além disso, há uma Casa de Alquimia, onde estão as mais diversas amostras de perfumes da Natura. Porém, ao lado de cada uma há óleos essenciais, retirados dos ingredientes naturais, usados para o desenvolvimento da fragrância. A mesa onde os produtos estão está dividida por caminhos olfativos. No mesmo espaço, mas em uma sala fechada, está também o laboratório da perfumista da marca, Verônica Kato.
Durante a apresentação da sala e dos ingredientes usados para compor as fragrâncias, é explicado que um perfume pode ter até 300 ingredientes em sua composição. Esses ingredientes são identificados pela perfumista, para assim criar combinações. É um trabalho que envolve tanto a parte científica, como a artística, para traduzir os cheiros em emoções.
Os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento também estão dentro do Centro de Inovação da Natura, e têm um prédio todo dedicado a eles. Além disso, o espaço de desenvolvimento de ideias ocupa um andar na edificação. Nesse espaço, as equipes se reúnem para reuniões, para cocriar em conjunto. Além disso, há um espaço para testagem dos cosméticos, e esses testes podem ser feitos por colaboradores, consultoras, consumidores ou grupos de pesquisa, que agendam um dia para provar os produtos.
Existem ainda cabines sensoriais para os testes de fragrância. As pessoas podem entrar na cabine, sentir o cheiro, e responder perguntas sobre a testagem. As cabines ainda são equipadas com chuveiro, para simular um ambiente de banheiro. Nesses locais, são testados, por exemplo, os shampoos.
Human-on-a-chip na prática
Há ainda um andar todo dedicado à pesquisa e tecnologia avançada. Nele, são estudados os ingredientes que serão aplicados aos produtos. Após estudados e testados, eles são levados para outro espaço, onde são desenvolvidas as fórmulas. Inclusive, nesses laboratórios estão as bioimpressoras de pele, usadas na tecnologia Human-on-a-chip para evitar testes em animais. Uma impressora normal, usa tinta, mas essas do laboratório da Natura utilizam células humanas, recebidas através de doações. Após as células serem aplicadas na impressora, será construída uma pele nova.
Essa pele é impressa em uma forma pequena e gelatinosa, que se assemelha a uma lente de contato. Depois, ela é enviada para uma incubadora, onde se expande. Após cerca de 10 dias, estará pronta para ser usada pelos cientistas das Natura em seus testes. A pele sintética terá uma reação igual à natural.
Entre as testagens, é possível saber se haverá alguma reação negativa. Além disso, é possível moldar a pele sintética para simular diferentes órgãos, por exemplo: como o estômago ou o fígado reagirá a determinadas substâncias; como será afetada a circulação sanguínea. Antes, as peles eram enviadas já impressas por uma universidade do Reino Unido para o laboratório da Natura em Paris, na França. Porém, após a reforma do prédio em Cajamar, a tecnologia passou a ser centralizada no Centro de Inovação.
Vale ainda lembrar o uso de biotecnologia nos laboratórios da companhia. Como exemplo, é possível citar o Pró-teia, usado na Natura Lumina. Essa tecnologia simula, em laboratório, as propriedades da teia de aranha. Assim, é desenvolvido um produto para cabelos que tenha a mesma força.
Por dentro das fábricas
É importante ressaltar que todos os prédios do Centro de Inovação da Natura são interligados. Ou seja, é possível transitar por várias partes por túneis que conectam um setor ao outro. Mas, chama atenção o gramado visto no caminho para as fábricas de cosméticos, porque embaixo dele, no subterrâneo, há toda a estrutura elétrica e hidráulica, pronta para a construção de outra fábrica. Será necessário apenas levantar as paredes e colocar as máquinas.
São três fábricas, e cada uma delas tem um gramado estruturado para si. Assim, caso seja necessário expandir – como já aconteceu com uma delas –, é possível fazer com uma estrutura que já está pronta.
As três fábricas principais levam os seguintes nomes: Bacia do Rio da Prata; Bacia Rio São Francisco; e Bacia Rio Amazonas. Além disso, uma quarta fábrica leva o nome de Pará, porém, já é uma extensão. Na primeira, são feitas maquiagens cremosas e bisnagas. Nela, a produção mensal chega a 15 milhões. Na segunda, perfumes e óleos, com uma média de 21 milhões de unidades por mês. Já na terceira, são produzidos os cremes e loções, com 32 milhões de unidades produzidas ao mês. Na quarta, os sabonetes, com uma produção mensal média de 40 milhões de unidades.
Toda a perfumaria da Natura sai da fábrica Bacia Rio São Francisco. Os tanques estão escondidos por uma parede, mas neles são feitos os produtos. Lá, os ingredientes são misturados. Assim, que o líquido fica pronto, ele cai em uma tubulação que o leva para uma esteira onde estão os frascos. Esses frascos seguem para as demais preparações do produto: colocar tampa, selar a embalagem, colocar na caixa. Esse mesmo processo acontece nas três fábricas, mas apenas a primeira e a terceira são automatizadas. Ou seja, o processo é feito por maquinários e as pessoas dão suporte às máquinas.
Já na fábrica dois, como é trabalhado com vidro, não é possível automatizar tudo. Assim, o trabalho é intercalado por máquinas e pessoas. O detalhe é que cada pessoa que trabalha na fábrica Bacia Rio São Francisco desempenha uma atividade por uma hora. Depois, é feita uma rotação de operações. Assim, é evitado o esforço repetitivo e garante que todos da equipe saibam todos os processos.