Pelo oitavo ano consecutivo, a Porsche consolidou sua posição de liderança entre as marcas de luxo e premium mais valiosas do mundo. De acordo com o relatório anual da consultoria Brand Finance, a montadora alemã alcançou um valor de marca de impressionantes US$ 41,1 bilhões em 2025. Assim, se mantém topo do ranking global.
Em seguida, aparece a Chanel. Com um salto de 45% em valor de marca, a grife francesa conquistou a segunda posição do ranking, agora avaliada em US$ 37,9 bilhões. O avanço tirou a Louis Vuitton do posto de vice-líder, que apresentou um crescimento modesto de 2% e, agora, ocupa a terceira colocação com US$ 32,9 bilhões. O crescimento da Chanel reflete uma combinação poderosa de desejo aspiracional, estratégia digital eficiente e ações de marca que dialogam com o consumidor contemporâneo.
Rolex com recordes de receita
A Hermès permaneceu como a quarta marca de luxo mais valiosa do mundo. Assim, mantém sua posição em relação ao ano anterior. Já a Rolex avançou duas posições no ranking e agora ocupa o quinto lugar, graças a um aumento de 36% em seu valor de marca, que chegou a US$ 18,8 bilhões. Esse desempenho a colocou como a quinta marca de crescimento mais acelerado do ano.
Segundo a Brand Finance, a performance da Rolex é impulsionada por recordes de receita e uma demanda contínua por relógios de luxo. Além disso, o relatório reforça ser improvável que a Rolex enfrente desafios significativos com o crescimento mercado secundário. Especialmente porque já estabeleceu uma posição no mercado de relógios usados com seu programa Certified Pre-Owned, iniciado em 2022.
Ao mesmo tempo – e apesar do crescimento –, a Rolex enfrenta um desafio: as tarifas de 10% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos suíços. Em resposta, a marca anunciou um reajuste médio de 3% em seus preços, o que é considerado um risco relevante, considerando que os EUA são seu maior mercado.
Já o sexto lugar do ranking ficou com a Dior, cujo valor de marca aumentou 18% para US$ 17,3 bilhões.
Movimentações entre as dez primeiras
Cartier e Ferrari também ganharam uma posição cada no ranking. Agora, elas ocupam, respectivamente, o sétimo e oitavo lugares. A Cartier teve um aumento de 15% no valor de marca, totalizando US$ 15,7 bilhões. Já a Ferrari cresceu 36% e chegou a US$ 14,4 bilhões, o que a tornou a quarta marca de crescimento mais rápido da lista e a 11ª marca automotiva mais valiosa do mundo.
A estratégia da Ferrari continua focada em modelos exclusivos e de alta margem. Desse modo, reforça seu caráter de luxo e seu desempenho financeiro. O posicionamento da marca, centrado em personalização, preços elevados e expansão em parcerias de lifestyle, tem trazido resultados expressivos, especialmente em mercados estratégicos como Estados Unidos, Japão, Alemanha e Itália.
Por outro lado, a Gucci teve uma retração de 24% em valor de marca. O percentual totaliza US$ 11,4 bilhões. Com isso, a marca caiu para a nona posição. Porém, mesmo com a queda, segue entre as dez marcas de luxo mais valiosas do mundo. Já em décimo lugar aparece a Guerlain, que retornou ao grupo após três anos fora, com uma valorização de 23% e um total de US$ 7,7 bilhões. A performance da marca de beleza é atribuída ao bom desempenho financeiro da divisão de perfumes e cosméticos da LVMH, impulsionado por lançamentos como Florabloom e pela coleção L’Art & La Matière.
Força de marca, reputação e influência
Além do valor de mercado, o estudo da Brand Finance também avaliou a força das marcas, que considera atributos como reputação, reconhecimento, recomendação e apelo emocional. Cinco marcas do ranking receberam a nota máxima de AAA+, como reflexo da confiança de seus consumidores.
Nesse cenário, a Dior conquistou o posto de marca de luxo mais forte do mundo, com uma pontuação de 93,5 de 100. A marca subiu três posições no índice de força e entrou para a lista das dez marcas globais mais fortes entre as 500 mais valiosas. A Dior também registrou uma pontuação perfeita de 10 em 10 em reputação nos Estados Unidos e se destacou na Europa em indicadores como consideração e recomendação, além de liderar em popularidade online.
A Ferrari apareceu logo atrás, com 90,1 pontos. Com isso, reforçou seu apelo emocional e legado histórico. A marca foi altamente avaliada em reputação (9,6 de 10) e simpatia. Além disso, seu CEO, Benedetto Vigna, está entre os líderes mais influentes do mundo e ocupa a quarta posição geral, bem como o topo nos setores automotivo e de luxo.
A Lancôme também registrou avanços notáveis. Subiu da 11ª para a 8ª posição em força de marca, com um BSI de 88,4. A disposição dos consumidores em pagar preços mais altos por seus produtos, um reflexo da percepção de valor, foi um fator decisivo. Na China, mercado estratégico para a marca, o BSI alcançou 98,3, superando a média global e confirmando o poder da marca francesa no segmento de cosméticos premium.
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