O grupo varejista alemão Metro, quarto maior da Europa, traçou como alvo ter, daqui a dois anos, 25% de seus cargos executivos ocupados por mulheres. Hoje, esse índice é de 18,5%, muito acima do que é normalmente encontrado na Alemanha, onde apenas 7% dos executivos das 30 maiores corporações são do sexo feminino.
A empresa, que opera 2.200 pontos de venda em 30 países, disse que essa meta de 25% se aplica aos três níveis superiores da hierarquia, o que inclui o Conselho de Administração, hoje formado por quatro homens. Já o Conselho de Supervisão da varejista com 5 mulheres entre seus 20 membros.
Em novembro do ano passado, o governo alemão redigiu uma lei pela qual as maiores empresas do país listadas na Bolsa têm que contar com pelo menos 30% de mulheres em conselhos não-executivos a partir de 2016, apesar da oposição de empresas e de setores mais conservadores da sociedade. Ainda não há ?regime de cotas? para cargos executivos, mas a Metro se adiantou, entendendo que, mais que cumprir uma futura lei, trazer mais igualdade de gênero nos cargos executivos pode ser uma vantagem compettiiva. ?Diversidade é fundamental para o sucesso de nossa empresa, pois traz novas ideias, insights e inovações?, disse Heiko Hutmacher, diretor de RH do grupo.
No varejo brasileiro, dados divulgados durante a premiação das Melhores Empresas para se Trabalhar GPTW NOVAREJO, em dezembro, mostra que, nas 24 empresas premiadas como referências na gestão de pessoas, 42% dos gestores são mulheres. Contra um crescimento médio de 4,3% no varejo em 2013, essas 24 empresas apresentaram uma expansão de 14,6% nas receitas. ?Melhorando o ambiente de trabalho e investindo em práticas voltadas para as pessoas o resultado é este: a empresa cresce?, avalia Ruy Shiozawa, presidente do Great Place to Work Brasil.
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