Em uma era de transformação digital e pós-pandemia, as transações online vieram para ficar, especialmente no varejo. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo apontou que 70% dos consumidores pretendem continuar comprando pela internet em 2023.
De acordo com outra pesquisa, realizada pela Opinion Box, 44% dos brasileiros preferem fazer compras pela internet. E o comércio eletrônico promete ficar ainda mais forte nos próximos anos, com expectativa de crescimento de 95% até 2025, segundo o levantamento Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS.
Leia mais: Cinco principais tendências para o e-commerce em 2023
Mesmo que o período de isolamento social e restrições do comércio tenha dado uma vantagem ao segmento, as vendas digitais seguem resilientes fora do contexto pandêmico e devem crescer de maneira acelerada no futuro próximo.
Nos últimos anos, o mercado de e-commerce foi marcado pela pressa e necessidade de se adaptar aos novos comportamentos dos consumidores. Porém, especialistas preveem que 2023 será de consolidação, com aperfeiçoamento de ferramentas e estratégias.
Neste cenário, cada vez mais empreendedores vão enxergar oportunidades para expandir seus negócios online e unir o e-commerce às suas estratégias. Para chegar lá, os varejistas precisam ser estratégicos e aproveitar as novidades do mercado, afinal, diante de tanta concorrência, as lojas que estiverem alinhadas às tendências geralmente se destacam.
Estar adaptado ao futuro do e-commerce por meio de algumas tendências do varejo pode fazer a diferença na hora de se destacar – levando em consideração um mercado cada vez mais competitivo.
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Quatro tendências para 2023
Omnichannel
O conceito de omnichannel diz respeito à integração de diferentes canais de venda e comunicação com o intuito de tornar a jornada de compra mais personalizada. É uma estratégia que combina canais online e offline para ajudar a melhorar a experiência e o relacionamento com o cliente.
A ideia central é garantir que sua marca esteja presente em todos os canais que o seu público-alvo costuma acessar. Por exemplo, uma empresa que vende online e possibilita a troca do produto também na loja física trabalha com um omnichannel eficiente. No entanto, não basta oferecer múltiplos canais: é preciso que eles estejam integrados e garantam um cross eficiente.
Voice commerce
Você já deve ter ouvido falar da Alexa, Siri e outras assistentes virtuais disponíveis no mercado. Com elas, é possível desempenhar ações utilizando apenas comandos por voz.
É nesse modelo que funciona o voice commerce, graças a inteligências artificiais hospedadas em smartphones e outros dispositivos conectados à internet. Uma das principais vantagens é a agilidade na compra. Isso ocorre porque o assistente virtual consegue passar pelas etapas mais rapidamente, já que o cliente não perde tempo digitando as informações de cadastro, por exemplo. Ou seja, ele responde às perguntas e o formulário é preenchido rapidamente pelo assistente virtual.
Outro benefício muito interessante é a inclusão de pessoas com deficiência e não alfabetizados, que passa a efetuar a compra sem a necessidade do auxílio de outras pessoas. Além disso, o voice commerce aumenta a conversão em vendas por meio da acessibilidade.
Cashback
Cashback significa “dinheiro de volta”, segundo a tradução literal da palavra em inglês. É um sistema de compras no qual o consumidor recebe reembolso de uma parcela do valor investido na compra. A devolução, normalmente, acontece na forma de crédito para outras compras ou de depósito na conta corrente.
O dinheiro de volta pode ser aplicado tanto a compras online como offline, sendo um ótimo aliado para estratégias multicanal. Empresas que oferecem esse recurso podem aumentar a taxa de conversão em mais de três vezes, e aumentar o ticket médio em média 46%, segundo relatório 2020 Global Cashback Industry Report, feito com mais de 400 líderes do setor. Uma tendência inegável.
Dynamic pricing
Os preços dinâmicos são aqueles que mudam ao longo do tempo com base em diferentes variáveis como a procura pelo produto no mercado, a concorrência, a popularidade do produto, a época do ano e vários outros fatores.
Ao implementar essa estratégia, torna-se possível analisar a concorrência e melhorar continuamente os preços, para ganhar clientes. Além disso, a otimização, devido à variação contínua, reduz o risco de erros que, por exemplo, podem ocorrer quando se estabelece um preço muito alto, ou baixo, gerando um resultado negativo por muito tempo. Não é um modelo novo, mas se torna cada vez mais coerente com a agilidade e sazonalidade das transações dentro de uma sociedade digital e protagonista de seu consumo.
* Por Clóvis Souza, fundador e CEO da Giuliana Flores.
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