Em fevereiro, as vendas caíram 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Pelo 11º mês consecutivo o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) aponta retração real, ou seja, já descontada a inflação.
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O resultado negativo é motivado pela continuidade da deterioração dos pilares macroeconômicos que direcionam o consumo, como a queda do nível de emprego e renda, o encarecimento do crédito, o aumento da inflação e a redução do índice de confiança, impactando negativamente os resultados de vendas do varejo pela forte correlação entre eles. Vale ressaltar que fevereiro teve um dia a mais de vendas pelo fato de 2016 ser bissexto.
Esta série de quedas nas vendas teve início em abril de 2015. O IAV-IDV é medido mensalmente pelos associados do IDV e divulgado 30 dias antes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Os associados do IDV indicam a continuidade da retração nos próximos meses, com queda de 4,6% em março, 2,4% em abril e 1,24% em maio, sempre em comparação com os respectivos períodos do ano anterior. O setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou o pior resultado em fevereiro, com queda de 10,1% na comparação anual.
As expectativas para os próximos meses são de queda de 1,5% em março e 0,1% em abril e leve alta de 0,4% em maio. Já o setor de bens duráveis teve queda de 4,7% em fevereiro. A projeção dos associados desse segmento para os próximos meses é de decrescimento de 2,1% em março, 2,0% em abril e 2,4% em maio.
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O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou queda de 5,2% das vendas realizadas em fevereiro. Vale lembrar que o setor de alimentação dentro do lar sofre muito e sente a pressão do aumento da inflação, que cresce acima do índice geral.
A cesta de produtos deste setor teve um aumento médio de preços em janeiro de 14,2% (acumulado 12 meses). As projeções dos associados do IDV para março, abril e maio são de quedas de 6,7%, 4,2% e 1,1%, respectivamente.
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