A Rainbow Apparel é uma das grandes marcas do varejo americano de roupas e sapatos femininos e infantis. Preocupada em participar da necessária transformação digital, a marca enfrenta um problema sério: como realizar vendas on-line se quase metade do que é vendido pela empresa (ou 45%) é feito por operações com papel-moeda?
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O vice-presidente do comércio eletrônico e marketing digital da varejista americana explicou a solução. A empresa está desenvolvendo tecnologia que permitirá que os clientes façam pedidos on-line e depois paguem em uma das 1.100 lojas da rede. Depois de fazer uma encomenda on-line, os clientes terão 48 horas para ir a uma loja física e pagar por isso. Caso não apareçam, o pedido será cancelado.
O vice-presidente do comércio eletrônico e marketing digital da varejista americana, David Cost, explicou a solução ao portal BizTech Magazine. A empresa está desenvolvendo tecnologia que permitirá que os clientes façam pedidos on-line e depois paguem em uma das 1.100 lojas da rede. Depois de fazer uma encomenda on-line, os clientes terão 48 horas para ir a uma loja física e pagar por isso. Caso não apareçam, o pedido será cancelado.
Problemas na integração
O executivo afirma que as marcas ainda têm problemas em reunir operações numa experiência realmente omnichannel. “A maneira como as coisas são configuradas internamente nas empresas é o maior impedimento para uma integração de verdade”, avalia.
Na Rainbow Apparel, por exemplo, a loja física acabava sendo punida por uma não concretização das vendas on-line realizadas em localidades distantes. Costa explica que se o cliente que fez um pedido on-line devolvesse uma compra em uma das lojas físicas da rede, essa devolução acabaria sendo registrada como uma venda negativa no balanço daquela loja que fez a recepção do produto indesejado.
As devoluções de produtos adquiridos pelo canal virtual se tornaram um pesadelo para os vendedores, que tinham que assumir vendas negativas de outras localidades e eram impactados nos seus bônus. A solução foi mudar os processos internos e atribuir vendas on-line às lojas com base no código postal relacionado às encomendas.
Costa afirma que a tecnologia precisa ser usada sem romantismo, procurando resolver problemas reais, como no caso da Rainbow Apparel. Segundo o executivo, a transformação digital precisa “tornar a vida mais fácil e melhor para os clientes e os representantes de vendas”, e acrescenta: “Não estou interessado em perseguir o que é novo e brilhante se ele não resolver um problema real para mim”.