Cercado de dúvidas, o metaverso caminha célere para muitos e muitos testes. É possível empoderar os criadores de conteúdo para construírem um metaverso aberto, baseado na posse digital de valores e ativos. É o que afirma Arthur Madrid, co/fundador e CEO da plataforma The SANDBOX, um dos mais populares ambientes digitais do mercado, que tem uma visão realmente centrada nas possibilidades da Web3 e do metaverso como parte dessa nova forma de enxergar a internet.
Mais de 20% da população global é nativa digital e usa muitas dos dias em games e já têm uma visão combinada da rede: música, ação, avatares, imagens e perspectivas alucinantes fazem parte do cotidiano de uma camada de consumidores jovens que vivenciam profundamente o que se convencionou chamar de metaverso. Esse ambiente digital permite a interação de pessoas de uma forma mais divertida, mais imersiva, mais social – por incrível que pareça – e buscou trazer personalidades para os mundos virtuais que hospeda e gerencia, justamente para buscar o engajamento dos jovens da Geração Z. Outro elemento importantíssimo é o uso de criptoativos, moedas digitais interoperáveis que permitem ampliar as possibilidades transacionais e, claro, atrair grandes marcas para esta vivência. “Ao navegar no Sandbox, você pode ver marcas globais e locais, para verde uma cultura em movimento, uma manifestação capaz de criar sentido para os usuários a todo momento”, destacou Arthur.
Segundo Madrid, no seu espaço dentro do ambiente, o usuário pode criar experiências diversificadas e ilimitadas, clubes, bares, casas de dança, escritórios, para ir além da sensação de simplesmente jogar. O executivo destaca que um número incrível de novas profissões irão surgir no interior do metaverso: designers, arquitetos, curadores, treinadores e professores, justamente para consolidar um mundo alternativo, mais experiencial e imersivo.
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Ele destaca que o metaverso representa a nova fronteira da experiência do cliente, mais intrigante e customizável, com vários avatares que podem também se tornar a semente de NFTs que ganhem projeção além do Sandbox. É uma visão audaz e arrojada, que hoje enfrenta ceticismo generalizado. Mas o desenvolvimento das IAs pode projetar e potencializar um aprendizado de nossa vivência nos ambientes digitais. Serão as experiências imersivas no metaverso nosso direito a 10 minutos de férias todo dia?
As possibilidades de ativação de marcas também parecem infinitas e podem ser explorados nas redes sociais, particularmente no Instagram e no TikTok. Mas, novamente, ainda falta uma “tradução” dessas aplicações e possibilidades na forma de uso fluido, natural e sem barreiras. As perguntas se avolumam: será acessível? Qual a exigência de internet em termos de capacidade de conexão? Os smartphones atuais compreendem essa imersão? Teremos de usar os óculos para ter uma experiência completa? Não se trata de tecnologia elitista demais para um momento tão instável quanto o atual?
Todo um ecossistema da economia criativa está sendo mobilizado para gerar negócios e melhores experiências no metaverso. The Sandbox precisa se dedicar a mostrar viabilidade e capacidade de inclusão para se tornar o pioneiro e incumbente de um negócio que é disruptivo, mas entrou em suspensão. O metaverso saiu da agenda, mas os alicerces continuam sendo trabalhados. Em quanto tempo veremos uma nova onda de alarde girar em torno dessa tecnologia? Independentemente disso, as tendências da realidade híbrida e da vida na tela continuam ganhando terreno.
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