O Executivo Nacional está analisando a possibilidade de implementar um plano de saúde popular com um custo de até R$ 100. Esse plano de saúde destina-se somente à realização de exames e consultas, não envolvendo internações.
Inegavelmente, um plano de saúde com esse valor acessível poderia trazer um alívio significativo para muitos consumidores. Isso porque, atualmente, as pessoas enfrentam dificuldades financeiras para acessar serviços de saúde. Só que, por outro lado, os consumidores podem acabar enfrentando altos custos adicionais em caso de necessidade de hospitalização ou tratamento prolongado.
De acordo com informações da Coluna Radar, da Revista Veja, este projeto tem o potencial de beneficiar 50 milhões de pessoas. Trata-se de um esforço do governo para aumentar a popularidade do presidente.
A estratégia do presidente Lula é incluir a criação deste plano junto ao pacote que envolve o projeto do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A ideia é transferir atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) para hospitais privados. Em suma, considera-se que a proposta alivia a pressão sobre o SUS.
Vale lembrar que há anos o SUS enfrenta desafios como a superlotação e a escassez de recursos. A expectativa é que, ao oferecer um plano de saúde acessível, o governo consiga atender a uma demanda reprimida por atendimento médico, permitindo que mais pessoas tenham acesso a cuidados básicos de saúde.
Detalhes do novo plano de saúde
Os detalhes do plano ainda estão sendo discutidos. Isso inclui quais exames e consultas serão cobertos e quais hospitais privados participarão da iniciativa.
Ainda em discussão entre Lula e a Casa Civil, essa será a primeira demanda de Wadih Damous como diretor-geral da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em dezembro do ano passado, o presidente indicou Damous para liderar a ANS e ele aguarda sua sabatina na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal.
A proposta enfrenta críticas. Especialistas alertam para os riscos de uma possível desvalorização do SUS e questionam se o plano conseguirá garantir a qualidade do atendimento desejada, sem comprometer a integralidade do sistema público de saúde. O debate se intensificará nas próximas semanas, à medida que o governo se prepara para formalizar a proposta e apresentá-la ao Congresso Nacional. A expectativa é que essa medida gere um intenso diálogo entre diversos setores da sociedade e do governo, refletindo a complexidade do tema saúde no Brasil.