O Sem Parar é conhecido pelo pagamento em movimento em pedágios. A companhia nasceu com o objetivo de ganhar tempo para os motoristas. Porém, o Sem Parar tem outras soluções, como integração com estacionamentos, postos de combustível e drive-thru do McDonald’s.
Uma empresa grande e com soluções relevantes para os consumidores tem muito a ensinar sobre processos. A importância da transformação digital está mais que clara no mundo corporativo. Mas como ter um mindset digital? Como tirar do papel projetos que vão agilizar processos dentro da empresa?
Durante o CONAREC 2019, Cesar Hiraoka, head de Ecommerce e Phone Sales do Sem Parar, elencou sete conceitos que ajudam a aplicar a transformação digital nas empresas. O executivo divide os conceitos em dois grandes pilares: “O que executar?” e “Como executar?”. Confira:
O que executar?
1.PTM
PTM é a sigla para Propósito Transformador Massivo. É um exercício de reflexão. É onde a empresa quer chegar com seu produto ou serviço.
Hiraoka conta que o PTM de sua área é: “surpreender cada vez mais consumidores em sua jornada de compra única”. Ele explica que a frase tem algumas implicações. A primeira se relaciona com a palavra “surpreender” – ação que faz sua equipe colocar o cliente no centro das decisões.
A segunda, com a expressão “cada vez mais”, implica crescimento. E a terceira está em “jornada única”, que tem a ver com a tendência da personalização.
Portanto, o PTM nada mais é que um exercício de reflexão. É saber qual o propósito que move sua empresa ou departamento.
2.Do propósito à estratégia
Se o PTM é teórico e abrangente, a estratégia já se relaciona com a prática e tem foco específico. É necessário, segundo Hiraoka, se perguntar: o que fazemos bem que os outros não fazem? Quais são as nossas fraquezas? E quais são as nossas ameaças?
Outro ponto importante é a autonomia. Parece básico, mas, antes de executar, é necessário verificar se o projeto não compete a outro departamento. O risco é de não ter pessoas capacitadas ou orçamento para concluir o projeto.
3.Iniciativas
Nesta etapa, é preciso ponderar o que é necessário fazer e o que a empresa consegue fazer. Para essas duas etapas existem variáveis para que os líderes levem em consideração.
Olhar para pesquisas e feedbacks dos clientes é um dos caminhos para entender o que é necessário fazer. Hiraoka conta que tem o costume de baixar todos os relatórios de venda diariamente para entender o que acontece na organização. É sua maneira de fazer um estudo da operação, que leva em consideração, lucro, crescimento e KPIs importantes.
Para entender o que a empresa consegue fazer, outras métricas são interessantes. É necessário analisar se há autonomia – pessoas capacitadas, orçamento e competência – e ferramentas adequadas – poucas coisas não estão integradas a um sistema, portanto, é necessário ter boas ferramentas dentro da empresa.
Como executar?
1.Quick wins
Depois de entender seu propósito, desenhar uma estratégia e saber o que é necessário e o que é possível fazer, a empresa pode começar a executar um projeto.
Nas primeiras etapas, soluções rápidas e baratas devem ser priorizadas. As quick wins geram valor para a empresa e plantam a semente de algo maior. São demonstrações do que um projeto completo pode fazer pela empresa.
2.Facilitadores
Iniciativas facilitadoras visam um projeto maior. Contratar pessoas com a competência certa para executar um projeto ou montar um sistema com foco específico são exemplos de ações facilitadoras.
3.Aprendizados
Quase sempre a execução de um projeto não sai como esperado. As empresas que se destacam na nova economia são as que conseguem extrair o máximo de aprendizado dos erros que cometem.
4.Big shots
São ações de alto impacto para o negócio. Podem ter relação com os consumidores e colaboradores da empresa. O lançamento de um produto ou implantação de um sistema podem ser vistos como big shots.