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Os negócios da neurociência: como engajar pelo cérebro

Os negócios da neurociência: como engajar pelo cérebro

O estudo do cérebro permite que as descobertas comportamentais cheguem ao mercado em forma de conhecimento sobre o consumidor. E com isso o mundo dos negócios só tem a ganhar

Diga-me como pensas e eu te direi o que consumir. Parece absurdo, mas os estudos do cérebro chegaram definitivamente ao mundo dos negócios: são os neuronegócios. O cérebro humano é um terreno mais desconhecido até mesmo do que o espeço, mas novas informações sobre as descobertas relacionadas ao HD do nosso corpo, não apenas sobre seu funcionamento, mas sobre os impactos de sua natureza e desempenho no comportamento e nas relações interpessoais tem sido cada vez mais levados em consideração.

Para a neurocientista Dra. Carla Tieppo, consultora da rede de franquias SUPERA de Ginástica para o Cérebro, há vários setores da economia se interessando pela neurociência e usufruindo de um mercado em plena expansão.      

?Uma das áreas que também podem se beneficiar desta nova fase da neurociência é a de recursos humanos. Nas empresas, a gestão de pessoas parece ser um dos pontos mais frágeis do planejamento estratégico, pois a aplicação de procedimentos que irão trazer resultados depende de pessoas, que são sistemas complexos em interação?, acredita Tieppo.

Segundo a neurocientista, é consenso que pessoas que não estão engajadas, preparadas ou que não sabem se comunicar podem acabar com projetos muito bem desenhados. A neurociência está cada vez mais empenhada em entender as origens destes e de outros problemas ligados a relacionamento e desempenho.

A neurociência também favoreceu o que hoje é chamado de Marketing Sensorial, um segmento que trabalha a comunicação usando como base os cinco sentidos do consumidor. O objetivo dessa técnica é afetar a percepção do público sobre marcas e serviços, influenciando na decisão de compra.

O famoso economista John Kenneth Galbraith disse uma vez que uma pessoa comum empurrando um carrinho de compras pelos corredores de um supermercado está em contato com suas emoções mais profundas.

Na próxima vez que você for a um supermercado para fazer suas compras, pode testar a teoria com a simples observação. Observe as pessoas se perderem no mundo como enquanto lentamente enchem suas cestas ou carrinhos. Suas mentes estão em um turbilhão fazendo um milhão de cálculos conscientes e inconscientes por segundo. É fácil imaginar isso, porque você também o faz isso.

Aquela vozinha em sua cabeça que nunca se cala vai a mil por hora enquanto as decisões de compra são baseadas em histórias antigas e novas curiosidades são feitas consultando os centros lógicos e emocionais de seu cérebro. É um processo totalmente humano totalmente absorvente. E, no final, depois de toda a cogitação subliminar ser dita e feita, isso tudo simplesmente tem a ver com a maneira como você se sente sobre os produtos dispostos à sua frente e a experiência que você está tendo no momento.

Um estudo publicado no periódico Journal of Neuroscience, Psychology and Economics, da Universidade da Califórnia e na George Washington University, em 2011, destrinchou como o cérebro recebe e reage aos impactos publicitários. Os resultados mostram que as diferentes estratégias mexem com níveis distintos, em regiões responsáveis pela interpretação e decisão.

No entanto, há discussões sobre o fator ético. Segundo M. Lane Bruner, Ph.D., professor adjunto de Retórica e Política do Departamento de Comunicação da Universidade Estadual da Geórgia, a linha divisória entre propaganda e comunicação persuasiva não é clara. Ele explica que a persuasão é ética apenas quando o bem-estar do público é levado em conta.

Leia mais:

Marketing: o velho, o novo e o conteúdo

Como (e por que) reagimos à propaganda?

O futuro do negócio está na experiência

 

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