O New Retail Summit trouxe também muitas provocações e insights sobre o futuro, ou melhor, sobre como podemos nos preparar para enfrentar o desconhecido no amanhã. Tim Lucas, da Hyper Island, voltou a conduzir os trabalhos partindo de um insight de Clifford Stoll, no início da era digital, há cerca de 20 anos, no qual dizia que a internet e o ciber-espaço não seriam jamais o nirvana.
A ideia foi ressaltar a mentalidade da época, que partia do conhecimento tácito das práticas do período. O coach da Hyper Island ressaltou que a internet foi criada pelos usuários e não por empresas incumbentes.
E são os usuários as pessoas que trazem contribuições que ajudam empresas a se desenvolver e a proporem inovações. Isso porque a internet na verdade motivou a criação e formação de redes e comunidades que se disseminam e influenciam mudanças e atitudes.
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O fenômeno Fortnite
Um bom exemplo é o Fortnite, um jogo capaz de ir além de conectar pessoas, mas também de influenciar a cultura popular. Mais de 10 milhões de jogadores participaram do concerto do Mashmello, personagem do Fortnite, que aconteceu no ambiente do game, a grande rede social da Geração Z e da novíssima Geração Alpha.
Novamente aqui, Tim Lucas mostra como devemos estar abertos ao inesperado, aos extremos, aos momentos que se formam em novas plataformas, particularmente as digitais, onde a socialização acontece de forma intensa, de forma mais engajada que em redes sociais, digamos, convencionais.
Até coaches de Fortnite já existem… para ajudar crianças a se desenvolverem por meio do game. Isso sem contar o poder inclusivo dos eSports, que talvez possam proporcionar bolsas de estudo para os grandes jogadores. Há muito mais atletas de eSports do que de esportes de quadra.
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Serendipidade: o mindset que norteia a inovação
O jogo é a representação perfeita de um mundo enxuto, ágil, que motiva as pessoas a aprenderem, desaprenderem e a reaprenderem rapidamente. Essa é a habilidade mais relevante para quem tem a necessidade de olhar para o futuro.
Um metaverso que sinaliza o que o futuro poderá ser. Ler os sinais, ter disposição de olhar para estes momentos, fenômenos e seus desdobramentos pode gerar insights poderosos para modificar negócios.
Na sequência, o coach solicitou que os participantes organizassem discussões e gerassem ideias para projetar ou vislumbrar vetores de transformação e de cenários futuros.
De forma simples e ágil, múltiplos conceitos se combinaram em figuras nas paredes com a função de representar um “mapa” do futuro nos próximos 10 anos, repleto de sinais e insights que podem ser usados em exercícios estratégicos.