Durante a pandemia de COVID-19, os marketplaces ganharam muita relevância. É fato que, mesmo antes disso, já era evidente a importância desse modelo de negócio: a partir de tais plataformas, é possível alavancar negócios (inclusive pequenos) e, com o isolamento social e a necessidade de compra e venda pelo ambiente digital, isso se tornou fundamental. Por isso, em webinar realizado pela Consumidor Moderno, o potencial dos marketplaces foi tema de debate.
Os executivos Márcio Alencar, diretor de Estratégia Digital da Alelo; Felipe Paranaguá, diretor de Publicidade do Mercado Livre; e Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, participaram do diálogo mediado por Ana Weiss, head de Conteúdo do Grupo Padrão e editora-chefe da Consumidor Moderno.
Questionado sobre as mudanças que surgiram a partir da pandemia, o diretor de Estratégia Digital da Alelo explica que os negócios digitais cresceram muito nesse período – quem estava preparado para melhorar processos e operações, pode evoluir nesse cenário. Na Alelo, ele conta, não foi diferente. “Precisamos avançar rapidamente na conexão das plataformas digitais para atender a demanda de diversas pessoas e os departamentos de Recursos Humanos (RH) que, no dia a dia, são aqueles que nos contratam, também precisaram se adaptar – inclusive devido a adoção do home office” diz.
Paranaguá, do Mercado Livre, lembra sobre a penetração do e-commerce. Antes da pandemia, apenas 6% das transações de varejo aconteciam no e-commerce. Nos EUA, esse número era de 12%; na China, de 40%. Com a pandemia, esse dado, no Brasil, passou para 12% – e nos outros países também houve crescimento. Naturalmente isso também impactou o Mercado Livre: 70 mil vendedores e 5 milhões de consumidores entraram na plataforma. “Tínhamos previsto investir R$ 4 bilhões no Brasil”, revela. Nesse sentido, ele conta que empresa está muito bem estruturada desde a logística até o crédito.
Permanência nos marketplaces
Meir analisa que as plataformas digitais estão performando bem nesse cenário. “Outra discussão que nasceu desse momento foi a sustentabilidade desse cenário”, diz. “A primeira perspectiva que tínhamos (de que a pandemia iria terminar em três meses), hoje, não existe mais (acredita-se que ela durará 15 meses) e, com isso, os hábitos tendem a se perpetuar”. Será que o mercado brasileiro se tornará de fato adepto aos marketplaces, a longo prazo?
“Vemos um salto de vendas gigantesco, que passam de 10 vezes em relação ao período anterior, e há uma mudança real de comportamento do consumidor”, diz o executivo da Alelo. “Antes, a compra era mais esporádica do que hoje e acredito que, daqui para a frente, teremos crescimento”. O diretor de Publicidade do Mercado Livre, por sua vez, reforça que os dados mostram um aumento significativo da plataforma. “Hoje, temos 52 milhões de usuários únicos”, afirma. “Além disso, percebemos o aumento da frequência de compra”. Paranaguá diz ainda que algumas categorias – como supermercados – também cresceram, em especial. “Adiantamos o projeto de aprimoramento da experiência do cliente”, revela.
Confira o webinar completo:
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