Parece incrível, mas o brasileiro adora basquete. Ao menos, o basquete de alta performance jogado nas quadras dos EUA. Uma prova disso é a maior ativação da NBA, a liga norte-americana de basquete, no mundo, que acontece anualmente, em São Paulo, durante as finais do torneio. Trata-se da NBA House, instalada em São Paulo, ocupando uma área de mais de 4 mil m². A ação, que representa uma extraordinária aula de ativação de marca e engajamento do consumidor, chega a 5ª edição com a expectativa de receber cerca de 45 mil visitantes entre os dias 1 e 18 de Junho.

Times populares de futebol como o Flamengo e Corinthians, e mesmo o muito vitorioso Palmeiras dos últimos anos, não conseguem oferecer o mesmo nível de experiência de qualquer jogo da NBA, realizado em qualquer uma das 30 cidades-sede dos times que disputam o torneio.

Mesmo as modernas arenas, construídas para a Copa do Mundo de 2014 não oferecem um rascunho da experiência das arenas onde times como o Los Angeles Lakers, o Golden State Warriors, o Boston Celtics, o New York Knicks e o Miami Heat recebem 20 mil, 30 mil pessoas por jogo. E isso em um campeonato onde um time, para ser campeão, pode disputar mais de 100 jogos, em uma temporada extenuante, mas repleta de emoções. Os times reúnem os maiores talentos do mundo e são extremamente competitivos técnica e taticamente.

Logo, não é surpresa ver que a NBA conta com mais de 45 milhões de fãs no Brasil, um contingente que supera o tamanho estimado da torcida do Flamengo (a maior do país), de cerca de 40 milhões de pessoas. E nem é surpresa que a liga movimente mais de US$ 10 bilhões ao ano (dados de 2022) e audiências de milhões de espectadores por jogo. Tudo isso é retorno sobre a experiência. O campeonato da NBA, a forma pela qual selecionam jogadores, transacionam jogadores, treinam, organizam os estádios e a competição, tudo é pensado para fazer do esporte de alta competição uma experiência inigualável, que une emoção e gratificação em doses expressivas. A NBA House traz muito dessa vivência para o Brasil, tendo os jogos das finais como núcleo da experiência, mas agregando muitas ideias para tornar essa mesma experiência ainda mais rica e envolvente. A repercussão imensa atrai novos fãs, que se envolvem e sentem parte de um ecossistema vibrante, emocionante e vitorioso. A NBA mostra o que um pensamento e uma prática orientadas a CX conseguem provocar em termos de adesão, formação de comunidade, fãs e resultados excepcionais.

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O ponto alto da temporada, claro, são as finais, uma melhor de 7 jogos, na qual o vencedor é o time que conseguir 4 vitórias. Assim, Denver Nuggets e Miami Heat começam a disputar hoje a final, que terá todas as partidas exibidas na NBA House. A casa foi ampliada em relação aos anos anteriores, ganhou arquibancadas e muitas ações de ativação e marca, imersivas, jogos e interações. É possível ver o cobiçadíssimo troféu Larry O’Brien, em homenagem ao ativista e estrategista político e idealizador da NBA como a conhecemos hoje. Também será possível fazer arremessos em uma pequena quadra, que simula o perímetro em torno do garrafão e da cesta, com direito a brindes, um lounge VIP, estúdios e estandes das marcas patrocinadoras.

Os visitantes poderão explorar experiências associadas ao basquete da NBA em um ambiente quase mágico, envolvente e vibrante. E aí está o elemento mais poderoso da NBA House: um ambiente imersivo aberto por 18 dias para o público brasileiro, para acompanhar as finais de um esporte que, em tese, não é a paixão nacional e que pertence a outro país! E mais: um ambiente com marcas patrocinadoras que veem, nessa iniciativa, uma forma de engajar sensivelmente um contingente de consumidores formadores de opinião, influentes e com significativo capital social, via de regra. Marcas como Budweiser, Gatorade, Hellmann’s, Popeyes, Ruffles, Sadia e Sustagen Kids estarão juntas na casa para se associarem a tudo aquilo que a NBA representa: talento, criatividade, emoção, adrenalina, técnica apuradíssima, alternativas táticas, viradas de placar, superação e muito mais. Isso porque o “melhor basquete do mundo” transcende o esporte e aglutina negócios, entretenimento, drama e histórias marcantes.

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São lições que o futebol brasileiro, esporte que movimenta seus bilhões de reais, poderia facilmente aprender e aplicar. Mas não. Convivemos com times de tradição em estado falimentar, políticas bairristas e clubistas, campeonatos desorganizados e um calendário que impede a evolução tática e técnica do jogo. Se a NBA, com seus 30 times, consegue facilmente ter 14 a 18 times em condições de disputar o título, o Campeonato Brasileiro, na atual configuração, mal consegue ter 4 agremiações com chances reais de levantar o caneco. Há alguns anos, mesmo com um nível de futebol inferior ao atual, ainda havia certo equilíbrio e podíamos elencar 6-7 times como “favoritos” para o título de campeão brasileiro. Não mais.

Fico pensando quando poderemos ter “A Casa do Brasileirão” para acompanhar as rodadas finais do campeonato, reunindo torcedores de diversos times, juntos, se divertindo, vibrando, brincando e exibindo o lado mais saudável e bonito do esporte: a sua incrível capacidade de criar comunhão entre pessoas diferentes. Uma comunhão que permita aos torcedores de times rivais desfrutar algumas horas de entretenimento, vendo atletas desempenharem o máximo de seu talento para atingir feitos imbatíveis, como os 38.390 pontos de LeBron James, as 3390 cestas de 3 pontos de Stephen Curry e os 12 rebotes conquistados pelo memorável Nicola Yokic em apenas um quarto, em pleno jogo de play off.

Aliás, será que Yokic, dono de absurdos 29 pontos, 13 rebotes e 10 assistências, em média por jogo, nesta temporada, conseguirá levar o Denver Nuggets ao título este ano? Veremos na NBA House.

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