O que os jovens buscam para ficar em um emprego? De acordo com a pesquisa “Millennials in Europe and Brazil”, do Grupo Geometry/WPP, a qualidade de vida é o item mais valorizado para pessoas entre 18 e 20 anos permanecerem no trabalho. O segundo aspecto valorizado é a carreira, com 24% das respostas, seguida pela contribuição para a humanidade, com 19% dos resultados. O estudo foi feito com 2 mil pessoas da faixa etária.
De acordo com o relatório do Grupo, o jovem de hoje busca envolvimento emocional quando procura por um trabalho. Segundo David Whittaker, diretor executivo da corporação, os resultados indicam possíveis ações para as empresas.
“Hoje eles valorizam empresas que os valorizem. Por exemplo, antigamente empresas tinham problema com os hobbies ou trabalhos paralelos dos funcionários e os millennials gostam de estar envolvidos em diversas coisas, e por isso levam em conta os locais que veem nisso algo positivo”, diz.
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Futuro
A pesquisa do Grupo Geometry apontou também algumas prioridades para o futuro da geração de Millennials. Na primeira posição aparece o estudo, com 21%, seguido por experiência de vida, 19%, e pelo sonho da casa própria, com 17% das respostas.
Whittaker reforça que a preocupação ambiental, hoje presente na geração, não era observada nos anos anteriores.
“Embora a questão ambiental pareça menos relevante, ela já aparece nas preocupações de muitos jovens, o que antes não era comum. A pesquisa demonstrou também que o tema está fortemente ligado à decisão de ficar ou não em uma empresa. Trinta e três por cento dos jovens desistiriam de um salário maior ou de benefícios para trabalhar para uma empresa mais ecológica. Ainda que seja uma minoria, há uma informação clara de para onde caminha essa geração”, declara.
A pesquisa mostrou que 83% dos entrevistados se sentem pessoalmente responsáveis por preservar o meio ambiente e apenas 8% não se interessam pelo assunto.
Inteligência Artificial
O modo de trabalho já demonstra mudanças, principalmente com o surgimento dos bots, desempenhando funções antes feitas por humanos.
Quando questionados sobre o medo da automatização substituir o homem, a nova geração apresentou preocupações.
Cerca de 50% dos jovens não pensam que a IA vai substituir o seu trabalho. No entanto, dos entrevistados, 17% acreditam na automatização e 33% dizem que sim também, porém, não estão preocupados com isso.
Em relação ao desemprego estrutural, troca do homem pela máquina, o diretor executivo do Grupo Geometry enfatiza que a robotização é destinada para tarefas repetitivas. “Tudo o que for realmente mecânico tende a ser substituído, mas o que for criativo e imaginativo, não”, finaliza.
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