O mercado global de beleza e bem-estar tem experimentado um crescimento exponencial, impulsionado pela crescente conscientização sobre a importância de um estilo de vida saudável e equilibrado. Entre os segmentos que mais se destacam nesse cenário, estão os de beleza e alimentação saudável, que juntos movimentam impressionantes US$ 2,1 trilhões. Esses setores não apenas refletem uma mudança nos hábitos de consumo, mas também indicam uma transformação profunda nas prioridades dos consumidores, que cada vez mais buscam produtos e serviços que promovam a saúde, o bem-estar e a longevidade.
Segundo o estudo “A Economia Global do Bem-Estar: Brasil”, do Global Wellness Institute (GWI), feito com a AG7, incorporadora de wellness building com foco em alto luxo, esse mercado movimentou US$ 5,6 trilhões entre 2020 e 2022, com uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 12,1%. Só os segmentos de Cuidados Pessoais e Beleza e Alimentação Saudável, Nutrição e Perda de Peso são os responsáveis por, respectivamente, US$ 1,089 trilhão e US$ 1,079 trilhão, respectivamente, desse montante.
O estudo analisou nove setores:
- Atividade física;
- Turismo de bem-estar;
- Saúde pública, prevenção e medicina personalizada;
- Medicina tradicional e complementar;
- Imóveis de bem-estar;
- Bem-estar mental;
- Spas;
- Bem-estar no local de trabalho;
- Fontes termais/minerais.
Os dados comprovaram o crescimento da economia do bem-estar, que passa por uma diversificação tanto no Brasil quanto no mundo.
“Da beleza à nutrição, os dados ressaltam que muitas empresas não estão apenas focadas em criar novos produtos e serviços, mas também trazer mais qualidade de vida para as rotinas das pessoas”, frisa Andressa Gulin, médica e Sócia da AG7.
“Ao disponibilizar essas informações para todos, a AG7 desempenha um papel crucial ao colocar a análise detalhada do GWI nas mãos de investidores, acadêmicos, líderes empresariais e agências governamentais interessadas em compreender o mercado de bem-estar brasileiro e as oportunidades futuras”, frisa Susie Ellis, presidente e CEO do GWI.
O que esperar desse mercado no Brasil?
Só no mercado brasileiro, o valor movimentado pelo setor de bem-estar no intervalo de tempo analisado foi de aproximadamente US$ 96 bilhões (5% do PIB) do país, sendo que US$ 38,83 bilhões e US$ 30,77 bilhões são referentes a cuidados pessoais e beleza e à alimentação saudável, nutrição e perda de peso. Os números colocam o Brasil no 12º lugar do ranking mundial desse mercado. Além disso, o país está na liderança entre 46 países avaliados na região da América Latina e do Caribe.
O levantamento aponta para uma diversificação na economia do bem-estar no Brasil, diante do destaque no cenário global por seus avanços em saúde, estética e qualidade de vida. O país é reconhecido como um dos maiores mercados de bem-estar do mundo. As informações presentes no relatório oferecem indicadores cruciais para empresas, apontando oportunidades claras de investimento no país. Incentivam ainda o desenvolvimento de uma cadeia de produção sustentável e duradoura, impactando positivamente o bem-estar e a qualidade de vida da população.
Diante de um cenário em que brasileiros têm procurado cada vez mais alternativas saudáveis para incluir no estilo de vida, fica clara a preocupação com beleza e cuidados pessoais. Vale lembrar ainda que tais cuidados podem ter influência diretamente na saúde física e mental, indo além das questões estéticas. Diante disso, as expectativas para a economia desse setor seguem positivas.
Segundo o estudo, o mercado de bem-estar deve continuar crescendo até 2027. A estimativa é que o setor atinja a marca de US$8,5 trilhões no período em questão, com um CAGR projetado em 8,6%. No Brasil, a pesquisa também demonstra essa tendência ao revelar o crescimento dos segmentos entre 2020 e 2022 e a classificação atual dos seus valores:
SEGMENTO | POSIÇÃO | CRESCIMENTO | VALOR |
Cuidados pessoais e beleza | 5ª | 27,2%, | US$ 39 bilhões |
Alimentação saudável, nutrição e perda de peso | 6ª | +16,9%, | US$ 31 bilhões |
Atividade física | 15ª | +11,9%, | US$ 12 bilhões |
Saúde Pública, prevenção e medicina personalizada | 13ª | -0,8% | US$ 7 bilhões |
Turismo de bem-estar | 30ª | +18,8% | US$ 3 bilhões |
Bem-estar mental | 11ª | +15% | US$ 2,7 bilhões |
Medicina tradicional e complementar | 32ª | +11% | US$ 1 bilhão |
Águas termais/minerais | 8ª | +33,3% | US$ 810 milhões |
Spas | 29ª | +17,2% | US$ 680 milhões |
Bem-estar no local de trabalho | 16ª | +2,4% | US$ 450 milhões |
Imóveis de bem-estar | 45ª | +14,9% | US$ 60 milhões |
Economia total do bem-estar | 12ª | +18,2%, | US$ 96 bilhões |
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