Empresas que buscam inovação, antes de mais nada, precisam fazer com que seus funcionários se sintam como parte integrante do negócio. Entretanto, nem sempre é um caminho fácil, principalmente para aquelas que atuam em diferentes regiões e empregam muitos profissionais – caso do setor de contact center.
Nesse sentido, a tecnologia se torna uma grande aliada das organizações. Felipe D’arco, growth manager do Facebook para a América Latina, explicou, durante o CONAREC, como a plataforma Workplace – central de comunicação que conecta todas pessoas de uma mesma companhia – tem contribuído para a aproximação de empresas e empregados. “Ouvi relatos de CEOs que passaram a ser mais próximos das colaboradores por conta do canal””, explica D’Arco.
Cultura
A plataforma possibilita que executivos gravem vídeos e enviem para as equipes, eliminando assim, muitas vezes, a necessidade de comunicados formais por e-mail. “As mensagens podem ser substituídas por uma live, por exemplo. Se quero criar engajamento, preciso entregar autenticidade”, comenta o executivo.
O debate contou também com Ana Paula Kagueyama, diretora sênior de customer services da PayPal, organização que tem 17 mil funcionários no mundo. Segundo ela, a empresa construiu uma nova cultura corporativa a partir da visão dos próprios funcionários. Isso resultou em uma organização que detectou a necessidade de mudanças que pudessem reverberar em uma integração maior.
Mapa
Ao longo dessa revisão da cultura no PayPal, descobriu-se, entre outras coisas, que o espírito colaborativo precisava ser revisto. “Foi construído um mapa com todas as dificuldades que os funcionários viviam. No fim deste trabalho, desenvolvemos novos pilares para a companhia”, comenta.
Agora, temas como o desenvolvimento de grupos de afinidades de gênero e raça, por exemplo, fazem parte da companhia com foco na inclusão dos profissionais e também na melhora do sentimento de pertencimento dos colaboradores.
A atuação destes grupos tem surtido efeito. Atualmente, 45% do conselho da organização é composto por mulheres e mais de 50% do quadro de vice-presidente é representado pelo público feminino. “Foi uma jornada muito bonita, não é simples, mas é algo que é possível ser feito”, completa Ana Paula.