Em janeiro, o índice de falta de produtos nas prateleiras dos supermercados (ruptura), aumentou mais de 35% em relação ao mês anterior, e chegou a 13,08%, patamar mais elevado desde outubro de 2014, segundo estudo realizado pela NeoGrid /Nielsen a partir de dados de 10 mil lojas de varejo no Brasil.
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Os resultados mostram ainda que a ruptura do setor de não alimentos (higiene e beleza, limpeza e outros) chegou a 13,74%, enquanto a de alimentos (alimentos e bebidas) ficou em 12,20%. ?As pessoas tendem a comer mais em casa e acabam buscando mais itens nos supermercados ? o que pode ocasionar uma ruptura maior?, explicou em nota o diretor de relacionamento do varejo da NeoGrid, Robson Munhoz.
De acordo com a empresa, em períodos de instabilidade econômica, é comum ocorrerem algumas mudanças nos hábitos de consumo. Um deles, por exemplo, é a redução de refeições fora de casa, fato já sentido pelos restaurantes, e possível motivo do aumento na falta de produtos nos supermercados. ?O varejo está vendendo dentro do ritmo esperado, mas já percebeu que a indústria começa a ter dificuldades de entrega em alguns itens, principalmente no que diz respeito aos não-alimentos, como higiene e beleza, limpeza, entre outros?, completou o porta-voz.
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Em dezembro de 2015, os supermercadistas abasteceram as lojas, pois viram nas festas de fim de ano uma oportunidade para aumentar as vendas. O consumo desses itens reduziu a cobertura de estoque (número de dias que o estoque cobre a demanda). O número caiu de 132,01 em dezembro para 73,58 em janeiro. ?É um efeito do período pós-festas. Como o mix de produtos fica desequilibrado, a ruptura tende a aumentar?.
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