A intenção das famílias em consumir caiu pelo segundo mês consecutivo, segundo dados divulgados hoje (19) pela CNC (Conferederação Nacional do Comércio). O indicador caiu 11,9% em março, frente ao mesmo mês de 2014, e recuou 6,1% na comparação com fevereiro.
O índice chegou aos 110,6 pontos – o menor desde o início da apuração, em janeiro de 2010. O número ainda está acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível ainda favorável.
O ICF (Intenção de Consumo das Famílias) varia de 0 a 200, sendo que o índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto o acima dessa pontuação indica o grau de satisfação em termos de emprego, renda e capacidade de consumo.
Segundo a pesquisa seis dos sete quesitos pesquisados estão nos menores patamares históricos: Emprego Atual, Renda Atual, Compra a Prazo, Nível de Consumo Atual, Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis.
Apenas o índice que mede a Perspectiva Profissional não registrou queda histórica, apesar do recuo de 3,7% em relação a fevereiro e de 6,3% frente a março do ano passado.
Segundo a CNC, a inflação, principalmente o aumento dos preços dos combustíveis, impactou a intenção das pessoas em consumir.
Considerando as regiões, a maior retração ocorreu no Sudeste (-7,8%). O Nordeste apresentou a avaliação menos desfavorável do indicador, que caiu 3,4%.
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