O Dia dos Namorados acontece na próxima quarta-feira (12), e já movimenta o varejo físico e online. As projeções, apesar de apontarem crescimento, são pouco animadoras para o mercado varejista. Esperando uma retomada da economia, os consumidores devem ser mais cautelosos até a próxima data comemorativa.
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A Boa Vista fez um levantamento que prevê aumento de no máximo 2% nas vendas em comparação com o mesmo período no ano passado. Se a previsão se confirmar, será o menor crescimento dos últimos três anos – em 2017 a alta foi de 2,6% e no ano passado o crescimento foi de 2,2%.
Segundo economistas da Boa Vista, o alto nível de desemprego e a recente queda da confiança estão segurando o ritmo de expansão das vendas.“Apesar das condições favoráveis do crédito, com juros e inadimplência baixos para padrões históricos, os consumidores tendem a manter uma postura cautelosa diante da deterioração do cenário econômico”, explicam.
A projeção da Associação Comercial de São Paulo é um pouco mais otimista. Para a entidade, o crescimento na capital paulista pode chegar a 3%. Itens como bijuterias, chocolates e flores estarão, como todos os anos, entre os mais populares e bens duráveis podem cair por causa da comparação com o ano passado, quando foi realizada a Copa do Mundo. “Com o baixo crescimento da economia brasileira, a perspectiva é de um aumento moderado das vendas”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.
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Outro estudo, feito pela Seed Digital, mostrou que o fluxo nas lojas físicas deve crescer 1,7% em comparação com o Dia dos Namorados de 2018. Já na comparação com a média de fluxo semanal de 2019 o crescimento é de 11,4%.
A projeção para o e-commerce é a mais animadora. Segundo a Compre&Confie as vendas online devem ter alta de 8% em comparação ao mesmo período em 2018. De acordo com a estimativa da empresa, o varejo online vai movimentar R$2,3 bilhões em razão da data comemorativa. O ticket médio, porém, deve cair 7,5%, chegando a R$389,17.
A possibilidade de economizar no dia dos namorados impulsionará um forte crescimento nas vendas deste ano, apesar da queda do valor médio gasto nos presentes mostrar certa cautela do consumidor neste momento de recuperação da economia”, afirma André Dias, diretor executivo do Compre&Confie.
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