Startups têm culturas e hábitos inovadores. Por serem jovens, têm menos medo de arriscar. Com isso, se tornam empresas capazes de criar serviços e produtos que desafiam o status quo. Novos modelos de negócio, empresas já consolidadas no mercado, angústias e conquistas foram tema do painel “As empresas no divã das startups”, no primeiro dia de CONAREC.
A geração de novos conhecimentos, energia e de produção cria o mercado do hiperconsumo e da hiperpersonalização. De acordo com Paula Taiul, diretora de Inovação e Novos Negócios, da Cyrella, a parceria com startups surge nessas oportunidades de inovação e crescimento do público consumidor.
“A startup não é incorporada no nosso modelo de negócio, mas eu quero que ela traga a solução e a agilidade para o meu contato. Ter um conhecimento profundo do mercado onde ela vai atuar, mostrar o cliente relevante para ela, abre também novas oportunidades para a startup, como um caminho duplo e um cartão de visita”
Paula Taiul
Diretora de Inovação e Novos Negócios, da Cyrella
Para Carlos Andrade, vice-presidente de estratégia e desenvolvimento do negócio da EDP, a mudança de investimento deve acontecer dentro da própria cultura da empresa.
“Montamos um veículo pra investir em startups para um investimento minoritário, de preferência com outros parceiros, para aprender e investir nisso. Estamos acostumados a adquirir 100% de uma empresa, mas esse é um jogo completamente diferente”
Carlos Andrade
Vice-presidente de estratégia e desenvolvimento do negócio da EDP
Advisor de IT da Flammia, Ítalo Flammia também reforça a mudança cultural que deve ser feita para um engajamento do uso de soluções vindas de startups.
“Fazer essa aproximação empresa com startup vai acelerar a busca por soluções inovadoras, mas o mais importante é você contaminar positivamente sua cultura. O mais importante é ter 15 mil funcionários como startups e pensando como empreendedores”
Ítalo Flammia
Advisor de IT da Flammia
Cuidados
Agilidade é a palavra de ordem do momento. Mas não a pressa, mas a agilidade de fazer e de desenvolver soluções eficientes.
Em relação ao processo de busca e implementação de soluções vindas das startups, Paula reforça a importância de isso ser feito com cautela. “Nós como empresa usamos muito essa experiencia com uma startup, em uma proporção menor, e se aquilo passou, foi aprovado em uma escala de conceito, ele é implementado em grandes proporções”, afirma.
Ítalo finaliza com a importância de se aprender com os erros. “Errar para mim é não aprender com o erro, é cometer várias vezes o mesmo erro. Criar uma leitura tolerante ao erro na tentativa de fazer uma coisa nova é importante. Antes a empresa que se destacava era a que tinha um produto de qualidade. Hoje, a empresa que se destaca é a que tem um produto que inova”, completa.