Proprietário da Kopenhagen, Brasil Cacau e de 49% da suíça Lindt no Brasil, Celso Ricardo de Moraes é o mais novo bilionário brasileiro, de acordo com a lista da revista Forbes.
O questionamento de como alguém consegue acumular tanto dinheiro pode ser respondido com alguns números sobre as empresas controladas pela holding intitulada com as iniciais do empresário (CRM).
Em apenas cinco anos de operação, a Brasil Cacau chegou à sua loja de número 520, é a segunda maior chocolateria do País e já assusta a Cacau Show ? que hoje tem 1,6 mil lojas, mas só em 2008 (com 20 anos de existência) conseguiu emplacar um crescimento mais vertiginoso.
A próxima façanha de Moraes será gastar R$ 30 milhões para construir um centro de distribuição automatizado de 30 metros de altura e 20 mil posições de paletes. Para operar esse robô gigantesco, serão necessários apenas 25 funcionários.
O empresário de 69 anos, que teve sua vida biografada no livro ?A trajetória vitoriosa do presidente do grupo CRM?, é pianista nas horas vagas e não tem vergonha de sua fortuna. Já abriu as portas de seu apartamento de R$ 10 milhões para várias revistas fotografarem, com destaque para seu piano de cristal de mais de R$ 100 mil.
A expectativa é de que a fortuna de Celso Ricardo de Moraes só aumente. No ano passado, a holding CRM faturou R$ 760 milhões e a previsão para esse ano é de lucro de R$ 1 bilhão, 30% superior.
A Brasil Cacau planeja fechar o ano com 760 lojas. Já a Kopenhagen, voltada para um público de maior poder aquisitivo, quer completar 370. Para ultrapassar as mil unidades, como era a meta do grupo CRM para 2014, nem será preciso somar as duas unidades da Lindt.
O primeiro da lista de bilionários brasileiros da Forbes é outro varejista, o carioca João Paulo Lemann, que acumulou com seus negócios R$ 49,85 bilhões. Nesta semana, Lemann comprou a maior rede de cafés do Canadá e com a Burger King, criou a terceira maior cadeia de fast food do mundo.
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