As compras de Dia dos Namorados devem ser mais modestas neste ano. Pesquisa indica que 52,4% dos consumidores pretendem gastar menos em relação ao ano passado. Os principais motivos alegados são o desemprego (25,8%) e o endividamento (24,9%).
Os dados são da pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Na outra ponta, entre os 29,9% que pretendem gastar mais, 31,3% responderam que querem comprar um presente melhor, 30,8% disseram que é por conta dos preços mais altos e somente 18,5% alegaram uma eventual melhoria de salário.
De acordo com o levantamento, o valor médio gasto com presentes deve ser R$ 138,00. 76,3% dos respondentes afirmaram que comprarão apenas um presente esse ano. O preço pode influenciar nesse número já que quase 80% dos consumidores acreditam que o valor do produto está mais alto que o ano passado.
Sobre o perfil dos consumidores, a pesquisa mostrou que são os homens que mais pretendem agradar as parceiras: 76,7% contra 59,6% de mulheres que presentearão o marido. O valor médio previsto para ser gasto também é maior: os homens pretendem gastar em média R$ 164,00, e as mulheres, R$ 114,00.
Quando perguntados sobre a forma de pagamento no momento da compra, 57,7% pretendem pagar à vista em dinheiro e com número bem menor aparece o cartão de débito: 7,1%. O popular cartão de crédito deve ser usado para pagamentos à vista por 16,4% e 15,7% pretendem parcelar as compras.
“Isso mostra que a grande maioria das pessoas, cerca de 65%, vão comprar presentes à vista. O momento é de fazer reservas e não se endividar, e o pagamento parcelado de presentes pode prejudicar o pagamento de contas básicas no futuro”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Os principais produtos indicados pelos namorados, segundo a pesquisa, são roupa (46,5%), calçados (22,2%), perfumes ou cosméticos (22,2%), acessórios de moda (10,3%) e um jantar como presente (8,1%).
Quanto aos locais de compra, o shopping center aparece como o principal escolhido por 45,3% dos consumidores, seguido pelas lojas de rua para 22,8% e as lojas virtuais 9,7%.
A comemoração deve ser feita por quase metade dos entrevistados (49,3%) dentro de casa. Somente 18,5% pretendem jantar fora.
Segundo a economista, o comportamento reflete o momento econômico do País, já que a comemoração em casa tende a ser mais barata do que a saída a restaurantes.
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