Pesquisa divulgada hoje (5) pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil mostra que o percentual de micro e pequenos empresários pessimistas com o futuro passou de 48,75% em agosto para 52,75% em setembro.
A proporção daqueles que consideram que a economia brasileira piorou nos últimos meses já atinge 83,88% dos empresários consultados. Em maio deste ano, mês da primeira sondagem do indicador do SPC Brasil, essa proporção era 83,38%.
O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário registrou 37,62 pontos no último mês, seguindo abaixo dos 50 pontos – isso significa que a maior parte dos empresários continua pessimista com o ambiente econômico do país.
Ao analisarmos os índices que compõem o indicador, aquele que mede a confiança, que mensura a percepção do empresariado tanto em relação à trajetória da economia como de seus negócios nos últimos seis meses, registrou 22,82 pontos.
Já o índice que mede as condições gerais para os negócios, que avalia apenas a percepção do empresário em relação ao seu próprio empreendimento, apresentou uma leve melhora, passando de 25,85 pontos, em agosto, para 28,28 pontos em setembro.
“Tendo em vista que a situação econômica do País não apresentou sinais de recuperação nos últimos meses, essas variações positivas são modestas e ainda não podem ser compreendidas como uma tendência de percepção do empresário, mas como uma volatilidade natural do indicador”, explicou em nota a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Para os próximos seis meses, a percepção não é de melhora. Em setembro, o Indicador de Expectativas registrou 48,71 pontos frente aos 49,10 pontos verificados no mês de agosto. Como o indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que a maior parte dos empresários está pessimista com a situação do País no curto prazo.
Único indicador a obter resultados acima dos 50 pontos, as expectativas dos empresários para os seus próprios negócios registraram 56,14 pontos em setembro, pouco abaixo dos 56,30 pontos observados no mês de agosto.
“Apesar do ambiente econômico adverso, uma quantidade considerável de micro e pequenos empresários está relativamente confiante com relação aos seus negócios. Isso pode se explicar pelo fato de que muitos deles acreditam que uma gestão eficiente de seu próprio negócio, com ajuste de estoques e do portfólio de produtos, pode ajudá-los a enfrentar as dificuldades impostas pela crise”, afirmou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
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