O Brasil encerrou 2015 com 917 mil admissões e 1,542 milhão de vagas formais de trabalho perdidas, pior resultado anual desde o início da série histórica em 1992. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira(21).
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Segundo os números, a participação do comércio foi de 14,13%, o que representa 218.650 postos de trabalho no setor. A retração foi puxada principalmente pela perda líquida na indústria de transformação (-608.878 postos), seguida pela diminuição sofrida nos setores da construção civil (-416.959) e serviços (-276.054). Houve expansão apenas na agropecuária (+9.821).
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Diante dos juros altos e da forte inflação, somados à intensa crise política e incertezas no fronte fiscal, o mercado está mais volátil e vem abalando a confiança dos empresários no país. A expectativa é que 2016 apresente uma piora nas condições de trabalho. Em coletiva de imprensa, Miguel Rosseto, ministro do Trabalho e Previdência Social, disse que 2015 foi um “ano difícil”, e que os “números não são bons em relação a emprego”.
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