A aceleração da tecnologia provocada pela pandemia tem mostrado resultados interessantes. E nessa constante digitalização, não há segredos: quem faz o uso e a análise dos dados tem em mãos uma mina de ouro digital capaz de mudar o rumo do mercado. É o caso de empresas que trabalham com Big Data Analytics e Business Intelligence.
Um estudo realizado pela Neoway, empresa de Big Data Analytics e Inteligência Artificial, mostra que, para além de um domínio maior do mercado, quem não usou os dados ao seu favor pereceu na pandemia. Foram mais de 1.500.000 negócios brasileiros fechados desde o início da crise sanitária. E entre os setores mais assolados pelo vírus está o varejo físico, que teve que vender mesmo de portas fechadas.
A saída foi a venda online e o investimento em tecnologias digitais. E o Big Data cumpriu seu papel nessa etapa. “A melhor estratégia gira sempre em torno da descoberta de quem é o nosso cliente, quais suas reais necessidades, gostos e preferências. E isso só é possível por meio de análise de dados. Assim, eu consigo ativar uma régua de relacionamento personalizada e direcionar o melhor produto/serviço para ele”, afirma Robson Segoa, Diretor de Serviços da Neoway.
Ainda que o e-commerce tenha sido a salvação do comércio — e por isso apresentou um crescimento tão expressivo em 2020 e se mantém em aumento —, uma pequena parte das empresas de fato comercializa seus produtos pela internet. Ao todo, segundo a Neoway, 1,2% do total de empresas ativas no país o faz, seja por meio do próprio site ou por plataformas de marketplace. Essa perspectiva, no entanto, tende a mudar.
Mudanças de comportamento e Big Data
Para o varejo, o uso de ferramentas de análise de dados tem sido particularmente importante para entender quem é o cliente e o que ele deseja. Essa estratégia fez-se fundamental tanto para quem comercializa os produtos quanto para os negócios como um todo.
Para Fernando Covac, especialista em Big Data e Head de Data Sciense e B.I. da Expertise Educação, a principal importância dessa tecnologia é auxiliar os tomadores de decisão. “Hoje, temos uma infinidade de dados, desde dados estruturados, de IBGE, censos, pesquisas, até dados não estruturados, que vem de redes sociais, buscas no Google, menções… Você tem uma variedade enorme de dados, de fontes diferentes. Aliadas a ferramentas poderosíssimas hoje que já estão consolidadas no mercado, você faz uma análise muito rápida e não precisa esperar para entender bilhões de dados e tomar uma decisão”, explica.
O uso da análise de Big Data tem crescimento cada vez mais, algo que foi impulsionado em 2020. Afinal, com mudanças bruscas e repentinas de comportamento, é por meio dos dados que os varejistas e prestadores de serviço têm acesso às reais demandas do consumidor. “Logicamente, a tecnologia já vinha crescendo, mas a pandemia acelerou muito esse processo. Isso aconteceu desde empresas que precisam de dados para segmentar o público nas redes sociais e precisaram se digitalizar até as empresas gigantescas que usaram essa ferramenta para prever demanda e mercado, adaptar oferta de produtos a partir de um movimento de comportamento muito grande com as pessoas mais dentro de casa”, comenta Fernando. “O Big Data foi importante para todo mundo, porque todos estão atentos às mudanças e o Big Data resolve isso com dados”, completa.
Uma tomada de decisão mais assertiva
Na hora de fazer uma escolha e firmar a decisão, o Big Data bilha. Isso porque a análise de dados estruturados e não estruturados para qualquer varejo ou prestação de serviço garante que o cliente seja melhor reconhecido quanto às preferências e comportamentos.
E a grande tática está justamente em algo mais palpável. “A diferença de quem faz o uso da análise de Big Data é que ela consegue tomar decisões baseadas em dados, não na intuição do gestor. Por serem assim, são decisões mais velozes, mais assertivas. É uma possibilidade de tomar decisões complexas”, argumenta Fernando.
Ele explica que, para além da decisão, o Big Data também traz um auxílio ao varejo em uma velocidade compatível. “O varejo cada vez mais vai ter que se adaptar a um mercado de consumidor que demanda produtos de uma forma mais veloz. Analisando dados de pessoas, mercados e segmentos, é possível criar e oferecer produtos a fim de aumentar as vendas e também controlar o estoque”, completa.
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