A marca de cosméticos Avon registrou prejuízo de nada menos que US$ 1,15 bilhões no ano passado – valor quase três vezes maior que o rombo de US$ 388,6 milhões registrados em 2014. Parte desse prejuízo deve-se a queda de 19% nas vendas durante o período.
No ano passado, o preço médio dos produtos da marca ficaram 4% mais caros, e o total de itens vendidos caiu 2% em relação a 2014. As vendas de produtos de beleza, o core da empresa, caíram 20%. Já os itens de itens para casa e de moda caíram 15%.
O Brasil, segundo relatório da empresa, teve forte peso nesse prejuízo, por conta do aumento de taxas para itens cosméticos. O prejuízo também veio mesmo com o aumento no número de representantes em cerca de 1%.
O caixa operacional da empresa ficou menor no ano passado, em US$ 91 milhões – bem menor que os US$ 289 milhões de 2014.
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A empresa não abre resultados fechados do ano por País, mas informou que nos três últimos meses do ano, as receitas no Brasil caíram 44%. “Este mercado continua sendo impactado pelas dificuldades macroeconômicas e altos níveis de competição”, disse a empresa em relatório.
Considerando toda a América Latina, as receitas foram 26% menores no último trimestre de 2015.
Diante de mais um resultado ruim, a empresa já anunciou um Plano de Transformação, que “inclui reduções de custos e um contínuo esforço para que a reestruturação desses custos permita que a empresa reinvista no crescimento”. Esses investimentos incluem mídia e tecnologia.
A empresa espera um corte de custos de US$ 350 milhões em três anos, sendo US$ 200 milhões advindos da redução no supply chain da empresa e outros US$ 150 milhões vindos da redução de custos.
“Esse plano de transformação foi iniciado para permitir que a empresa atinja suas metas de longo prazo”, disse a empresa em relatório. É esperar pra ver.
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