A Tencent busca aprofundar a presença no exterior de seus meio de pagamento on-line. A ideia é fazer com que a função de pagamento do aplicativo WeChat funcione tão bem nos mercados estrangeiros quanto funciona em casa. O WeChat surgiu inicialmente como uma rede social e se transformou numa intrincada rede de soluções on-line que abrange desde apps de namoro on-line a transações financeiras das mais variadas.
Para isso, a empresa quer encontrar parceiros que a ajudem a incorporar mais interfaces de programação de aplicativos e ferramentas de pagamento. A revelação foi feita pelo diretor de Negócios no Exterior do WeChat Pay, Fan Wei, ao portal China Daily.
Para acessar o potencial do WeChat, os fornecedores devem atender a determinados critérios impostos pela ferramenta, como recursos comprovados no desenvolvimento de produtos na plataforma WeChat, desenvolvimento e manutenção de comerciantes, marketing e uma forte presença local.
Até o final de 2018, o WeChat Pay já era aceito em 49 países e regiões e oferecia operações de pagamentos em 16 moedas.
Fortalecer a base
Apesar da ambição da Tencent de entrar em mercados estrangeiros, a empresa manterá o foco de servir turistas estrangeiros dentro da China em vez de aprofundar o desenvolvimento de carteiras locais de pagamento em mercados estrangeiros. Segundo o executivo da empresa, a popularidade do WeChat no mundo depende especialmente da sua vasta base de usuários na China.
O Alipay, grande rival do WeChat em meios de pagamento e que pertence ao Alibaba Group, teve postura diferente. A plataforma criada por Jack Ma está se ramificando no exterior e apostando em meios de pagamento locais com o objetivo de conectar o ecossistema de negócios da Alibaba com os mercados internacionais. Essa diferença de estratégias pode ser explicada pelo fato de que o Alibaba tem um potente braço de varejo on-line no exterior enquanto a Tencent concentra seus negócios em tecnologia e na indústria.
Para ganhar mercado no exterior da maneira como fez na China, o WeChat teria que desbancar, primeiro, as redes sociais tradicionais no Ocidente, o que impõe um desafio a mais.