Os consumidores podem até estar receosos, mas estão voltando às compras, pelo menos para a Páscoa. É o que mostra balanço da CNC (Confederação Nacional do Comércio).
As vendas para a Páscoa devem apresentar alta de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Se confirmado, este será o maior aumento real de faturamento para o período desde 2014.
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Ao todo, espera-se que a data movimente em torno de R$ 2,1 bilhões no País. De acordo com a Confederação, essa recuperação está associada ao comportamento dos preços, que variaram 4,6% no período – a menor desde a Páscoa de 2008. Isso tem estimulado os consumidores a saírem às compras.
Os chocolates apresentaram alta de 14,6% nos preços, muito por conta da alteração na fórmula de cálculo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Os demais itens verificaram queda. Em relação à Páscoa de 2016, os destaques foram passagens aéreas (-1,3%) e combustíveis (-0,8%).
“Além do longo período de queda da demanda, o comportamento da taxa de câmbio tem contribuído para o menor ritmo de reajuste de preços destes produtos. Durante o período de formação dos estoques do varejo para essa data, também houve um recuo de 17,4% do dólar frente ao real, comportamento inédito para os últimos sete anos”, explicou em nota Fabio Bentes, economista da CNC.
Empregos
Apesar da expectativa de crescimento de vendas, a data deve oferecer menos vagas nesta ano. Segundo a pesquisa, a expectativa é de que o varejo ofereça 10,7 mil postos de emprego. No ano passado, o setor contratou 11,3 mil.
De todas as vagas, 60% são do setor supermercadista. O salário médio dessas vagas é de R$ 1.170.
Segundo a Confederação, “não será neste ano que os temporários serão efetivados no emprego, já que a previsão para o período é de absorção praticamente nula, seguindo o ritmo dos últimos três anos”.
O baixo aumento das vendas e a improvável reversão das condições de consumo no curto prazo são os motivos para a não contratação.