O varejo de São Paulo registrou uma ligeira queda na quantidade de empregos formais entre os meses de abril e maio deste ano, segundo a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP). O levantamento é realizado todo mês pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De acordo com o estudo, foram eliminados 905 postos de empregos formais em maio, resultado da diferença entre as 72.172 admissões e 73.077 desligamentos. O saldo contrasta com o mês de abril, que registrou exatamente o oposto: em vez de menos empregos, houve a criação de 1.570 postos de trabalho.
Com esse resultado, o varejo paulista encerrou o mês de maio com 2.053.179 trabalhadores formais. No acumulado dos últimos 12 meses, foram extintos 15.862 empregos com carteira assinada. Embora o resultado seja negativo, há um alento para o varejo: o fechamento de vagas foi menor na comparação com o saldo registrado em maio de 2016 e que ficou em 3.730 empregos.
Farmácias e perfumarias em alta
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas farmácias e perfumarias (2,3%) e supermercados (1,4%) apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2016. Por outro lado, os piores desempenhos foram registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-4,1%), materiais de construção (-3,2%) e lojas de móveis e decoração (-2,7%).
Observando os dados por ocupações, as funções com os maiores saldos negativos foram as de gerentes de áreas de apoio (-578 vagas) e gerentes de produção e operações (-344 vagas).
A expectativa é de uma melhora no segundo semestre, mas “de forma lenta e gradual”, segundo a FecomercioSP. Entretanto, a entidade ressalta que os desdobramentos da atual crise política podem afetar as decisões de investimento dos empresários, inclusive de aumento do quadro funcional.
Varejo paulistano
O estudo também analisou o desempenho paulistano da quantidade de empregos. E o resultado é animador. O comércio varejista da capital abriu 177 postos de trabalho em maio, resultado de 22.764 admissões contra 22.587 desligamentos.
Com isso, o varejo paulistano encerrou o mês com um estoque total de 643.512 trabalhadores. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo ainda é negativo, em 2.892 postos de trabalho, o que levou a uma queda de 0,4% do estoque total de empregos na comparação com maio de 2016.
Das nove atividades pesquisadas, apenas farmácias e perfumarias (4%) e de supermercados (1,4%) apresentaram crescimento no estoque de empregos na comparação entre maio e abril. Por outro lado, as maiores retrações foram registradas nos setores de concessionárias de veículos (-4,7%), materiais de construção (-3%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2,3%).