O e-commerce segue como um mercado em expansão para o varejo nacional. Mesmo em um prolongado período de crise e, como um dos efeitos, uma redução do poder de compra das famílias, as lojas online seguem apresentando dados positivos e projetam um final de ano também no azul. Dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que divulgou um ranking com as 50 maiores empresas do e-commerce brasileiro, mostram que os varejistas têm apostado no setor para ampliar a oferta de novas experiências de compras para os clientes e integrar o mundo online e o offline.
Segundo o balanço, que leva em conta dados de 2017, as 50 maiores empresas do e-commerce movimentaram R$ 36,2 bilhões. O montante representa 75,89% do total negociado pelo comércio eletrônico nacional, que foi de R$ 47,7 bilhões, de acordo com a Ebit. Quando olhamos para as 10 maiores, o volume de vendas foi de R$ 29,1 bilhões, uma fatia de 62,7% do comércio eletrônico no país.
O perfil dos varejistas revela uma vantagem para os que atuam como multicanal. Das 10 maiores, 6 se encaixam nesse modelo e outras 4 são pure play. Ou seja, focam suas operações em apenas um produto. As empresas multicanal somam 57,7% das vendas dos 50 maiores do e-commerce. Em 21 dos que atuam como multicanal, o e-commerce tem participação superior à média do varejo (5%). Entre as 50 maiores, 24 operam como marketplaces.
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Para realizar o ranking, a SBVC leva em conta o faturamento bruto apresentado no e-commerce. Assim, os 10 maiores são: B2W Digital (R$ 8,7 bilhões), percentual do e-commerce nas vendas, 100%; Via Varejo (R$ 4,8 bilhões), percentual do e-commerce nas vendas, 16,7%; Magazine Luiza (R$ 4,3 bilhões), percentual do e-commerce nas vendas, 30,40%; Walmart Brasil (3 bilhões), percentual do e-commerce nas vendas, 10,6%; Grupo Netshoes (R$ 2,6 bilhões), percentual do e-commerce nas vendas, 100%; Máquina de Vendas (R$ 2,2 bilhões), percentual do e-commerce nas vendas, 38%; Carrefour (R$ 1,7 bilhão), percentual do e-commerce nas vendas, 3,5%; GFG LatAm – Dafiti (R$ 1,1 bilhão), percentual do e-commerce nas vendas, 100%; Saraiva (R$ 708 milhões), percentual do e-commerce nas vendas, 37,6%; Privalia (R$ 500 milhões), percentual do e-commerce nas vendas, 100%.
Tendo como referência levantamento da Webshoppers (Ebit), a pesquisa da SBVC aponta que, em 2017, as vendas online somaram R$ 47,7 bilhões, um crescimento de 7,5% na comparação com 2016. Para este ano, a previsão é de um fechamento em R$ 53, 5 bilhões, um crescimento nominal de 12%.
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