O varejo deve cortar 253,4 mil empregos formais neste ano, segundo projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio), divulgada hoje (11). O número representa um encolhimento de 3,3% até o fim do ano.
As projeções da entidade foram baseadas no comportamento no emprego celetista do setor, a partir de dados mensais do Caged do Ministério do Trabalho e Previdência Social. A redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período de 2015 se deu somente a partir de agosto, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo de 12 meses.
Naquela ocasião, apenas 3 dos 25 subsetores da economia ainda registravam variações positivas no número de trabalhadores ocupados no intervalo de um ano.
Agora, nos últimos 12 meses, o emprego nas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico encolheu 15,2%. Somado ao comércio automotivo e às lojas de materiais de construção, o segmento deverá fechar 202,1 mil vagas (79,7% do total), segundo a entidade.
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“O ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido”, afirmou, em nota, Fábio Bentes, economista da Confederação.
Diante disso, Com isso, o varejo deve registrar uma queda ainda mais intensa neste ano do que registrou no ano passado, segundo projeto da CNC A Confederação revisou para baixo, mais uma vez, a expectativa das vendas do setor – e ela é de queda de 8,3% para o volume de vendas.
Em 2015, a atividade varejista registrou recuo de 2,3% em relação ao ano anterior com o fechamento líquido de 179,9 vagas, ritmo que se manteve nos acumulados dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Para 2016, a CNC projeta recuo de 8,3% no volume de vendas do varejo.
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