Em 2014, quase todo o varejo apresentou números pouco expressivos. Não foi diferente com o vestuário, que fechou o ano com alta de 1,5% em volume de peças e 6,7% em valores nominais.
Para 2015, o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) projetou o dobro em volume de peças: 3,1% e aumento de 8,6% nominalmente.
No entanto, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) acredita que as medidas anunciadas pelo governo na última semana deverão impactar o desempenho do setor.
Para a Associação, as medidas de restrição ao crédito pessoal, o aumento de alíquotas de PIS/Cofins sobre as importações e a elevação de impostos sobre combustíveis poderão provocar aumento de preços praticados pela indústria, que por sua vez, deverá onerar o produto final no varejo.
A entidade divulgou nota cobrando medidas do poder público que incentivem o crescimento das empresas e aumentem o poder de consumo da população.
?As grandes redes têm como prerrogativa atender o consumidor com variedade, qualidade e preços, bem como oferecer o acesso ao crédito. Medidas de ajuste são necessárias, mas precisam vir acompanhadas de incentivos?, defendeu o diretor executivo da Abvtex, Sidnei Abreu.
Segundo a Associação, uma medida de impacto imediato que poderia ser colocada em prática é a adoção de impostos a preços menores para as empresas do gênero. O RTTC (Regime Tributário Competitivo para as Confecções) vem sendo pleiteado desde março de 2013 pelas associações junto ao Governo Federal.
?Como agente de desenvolvimento nacional, formador de mão de obra e gerador de empregos, o grande varejo de vestuário espera por medidas que possam desonerar a produção?, completou.
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