As tecnologias para smartphones atingiram um nível de aprimoramento que acabou freando consideravelmente a frequência com que as pessoas trocam de celular. Para a Apple, esse motivo tem sido motivo de preocupação, de maneira que a redução desse fluxo pode prejudicar os resultados da empresa futuramente.
Na última semana, o diretor-executivo da Apple, Tim Cook, relatou que a empresa faz projeções de receitas que devem chegar em US$ 84 bilhões para os três meses finais de 2018, número que é menor que o apresentado num primeiro prognóstico, que era de R$ 89 bilhões.
Segundo o analista da Bernstein, Toni Sacconaghi, o ciclo de trocas do iPhone atingiu, em 2019, o número recorde de quatro anos. Para se ter uma ideia de como esse comportamento pode interferir nos números da empresa, a média de troca em 2016 era de apenas dois anos, de maneira que em 2018 a frequência já atingia a marca de três anos. A tendência é que, muito em breve, essa média suba ainda mais, atingindo o índice de 4,5 anos.
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De acordo com o analista, apenas 16% da base ativa de iPhones no planeta será substituída por equipamentos novos em 2019. Um dos principais motivos é o programa de troca de baterias a preços atraentes e, também, o preço cada vez mais altos dos aparelhos da Apple.
O especialista também prevê que os modelos que a marca deve lançar em 2019 não devem apresentar novidades suficientes para conquistar novos consumidores para uma troca no médio prazo. Neste contexto, os números de vendas podem continuar em baixa até períodos próximos a 2020. Especialistas indicam, inclusive, que os preços mais altos dos últimos modelos são um reflexo dessa desaceleração do ciclo de troca.