Durante os anos de pandemia, foram vários os mercados que sofreram quedas e o do entretenimento foi um deles – pelo menos, os de eventos presenciais. Com restrições causadas pela pandemia, os streamings foram o setor que ganhou destaque. A possibilidade de ver “TV online” foi uma tendência bem aproveitada, com muitos canais sendo lançados inclusive durante os períodos mais duros da pandemia (como HBO Max e Paramount Plus aqui no Brasil).
Por outro lado, sem eventos presenciais e com restrições de público quando havia, shows, teatros e outros acabaram sendo prejudicados. Com tantas incertezas nos últimos anos, só agora as consultorias enxergaram as tendências que virão para esse e para o próximo ano nesse setor. Muitas delas impulsionadas pela própria pandemia.
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O mercado da TV online e dos streamings
Durante a pandemia, os conteúdos online e digitais ganharam força em todo o mundo, De acordo com o Streaming Observer, as pessoas gastam cerca de 434 horas ao ano assistindo Netflix. E esse número aumentou durante a pandemia. A pesquisa realizada pelo Cuponation mostrou que o brasileiro passou cerca de 8 horas por mês vendo streamings durante o ano de 2020, sendo um aumento de 20% em comparação com os outros anos.
Para Rob Jonas, CEO da Luminate Data, os streamings continuarão sendo destaque e tendência para os próximos anos por ocuparem um espaço na rotina das pessoas (muitas trocaram totalmente a TV por eles, por exemplo).
Uma pesquisa da PwC também mostrou essa tendência: segundo a consultoria, o interesse por esses conteúdos vinha subindo gradualmente e continuará dessa maneira, sendo que em 2022 é esperado que mais de 50% dos gastos do consumidor em entretenimento seja destinado a conteúdos pela internet. “Os gastos nas plataformas digitais apresentam crescimento mais acelerado que os demais, liderados por games, publicidade digital e vídeos na internet”, afirma o estudo.
Com o aumento da relevância desse tipo de entretenimento, cada streaming busca oferecer um diferencial e até encontrar maneiras de garantir a preferência de seu cliente. Com isso, são feitas parcerias de produção e de conteúdo a fim de atendê-los. Em março, a Amazon comprou o estúdio MGM, um clássico de Hollywood, por 8 bilhões de dólares, para se ter ideia.
Outras estratégias, entretanto, podem não agradar tanto: também em março a Netflix anunciou que irá cobrar quando detectar o uso de uma mesma conta em locais diferentes, o que causou diversas reclamações nas redes sociais e ameaças de “trocar de streaming”.
Interatividade e imersão fora da TV
Com o fim ou diminuição das restrições da pandemia, os eventos presenciais também prometem voltar, mesmo que com regras sanitárias a serem cumpridas. De acordo com o Sympla, além dos eventos 100% presenciais, esperados, a tendência é que ocorram também eventos híbridos, mas mais voltados ao universo empresarial.
Uma outra tendência que também é vista pelas consultorias como principais para esse e próximos anos são os ambientes interativos, que trazem experiências diferentes das comuns.
Um exemplo mundial é a turnê do ABBA que será feita com hologramas. O projeto iniciou- se durante a pandemia e vai sair do papel agora em 2022, com shows acontecendo no Reino Unido em um espaço já determinado para isso.
Na turnê ABBA Voyage os fãs da banda sueca poderão aproveitar o show com todos os integrantes juntos (na “vida real” os quatro já afirmaram não terem interesse em se reunirem novamente) e jovens. É uma experiência diferenciada que pode se tornar tendência para os próximos anos.
Aqui no Brasil os eventos interativos e imersivos também já estão acontecendo. A exposição Beyond Van Gogh conta sobre a vida do pintor em formato imersivo, mesclando sensações enquanto conta sua história e de seus quadros. O objetivo é fazer as pessoas se sentirem “dentro” das obras do artista.
Convergência, conexão e confiança
Para a consultoria PwC, o momento pós-pandemia no entretenimento será de convergência de formatos, conexão com o público e confiança entre todas as partes.
“Apesar do crescimento acelerado do streaming de vídeo e de música, as receitas de bilheteria de cinema e shows ao vivo devem apresentar crescimento consistente nos próximos anos. De fato, a demanda por experiências compartilhadas e ao vivo se mantém no Brasil e no mundo”, afirma a consultoria.
Mesmo assim, o movimento digital no Brasil, para eles, ainda precisa ser desenvolvido, tanto para atender a convergência de formatos quanto para contribuir com o mercado de entretenimento na internet.
Para eles, sete termos definem os desafios do entretenimento no Brasil nos próximos anos:
● fomentar a mobilidade pelo meio digital;
● investimento em formatos híbridos;
● fragmentação de conteúdos por regiões;
● parcerias e fusões;
● usos dos dados a fim de entender clientes;
● preços mais acessíveis à população.
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