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TikTok não é a social media mais baixada de 2022. O que isso significa?

TikTok não é a social media mais baixada de 2022. O que isso significa?

Além de dar dor de cabeça para o Meta, especialistas acreditam que o app chinês é, talvez, o concorrente mais difícil da Netflix

O TikTok se popularizou entre jovens, influenciadores e marcas principalmente durante o isolamento da pandemia de Covid-19. O algoritmo da plataforma junto com o formato de vídeos curtos, fizeram o aplicativo chinês ser o mais baixado do mundo pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com o levantamento “Worldwide and US Download Leaders 2022”, da Apptopia, empresa norte-americana de inteligência de dados. No entanto, o TikTok não está presente no ranking das dez redes sociais com mais downloads realizados no último ano.

É isso mesmo que você leu! Segundo a lista, que leva em conta os downloads nas plataformas Google e Apple (na China não são contabilizados Android), o TikTok é disparado o aplicativo mais baixado do mundo em 2022. Porém a empresa reposicionou o app chinês na categoria entretenimento, junto com streaming Netflix, Disney + e YouTube. Desse modo, o Instagram é a mídia social mais baixada. E o que isso significa para a experiência digital? É isso que pretendemos entender com a visão de especialistas sobre o assunto.

TikTok e os outros apps mais baixados

Durante o dia 1º de janeiro a 20 de dezembro de 2022, o TikTok obteve 672 milhões de downloads, líder dos aplicativos pelo terceiro ano. “Acho que ainda teremos um ano bastante intensivo em termos de uso das redes sociais, certamente com algumas novidades, envolvendo a geração Z, que podem vir a surgir”, analisa Fernando Moulin, Partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente.

Entretanto, em paralelo com a consolidação do uso essas redes maiores, Fernando Moulin chama atenção para as implicações das questões geopolíticas entre Estados Unidos, Europa, China e tudo o mais que se relaciona ao uso do TikTok nos países, dadas as recentes questões entre os governos e as suspeitas mútuas de uso indevido dos dados do aplicativo.

Para completar a lista: o Instagram é o segundo (com 548 milhões), em seguida WhatsApp (424 milhões), Capcut (357 milhões), Snapchat (330 milhões), Telegram (310 milhões), Subway Surfers (304 milhões), Facebook (298 milhões), Stumble Guys (254 milhões) e Spotify (238 milhões) encerra a lista dos tops 10.

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Entendendo o crescimento das mídias sociais

Na lista de redes sociais, o Meta possui cinco aplicativos entre os dez mais baixados: Instagram, WhatsApp, Facebook, Messenger e Facebook Lite. O maior crescimento neste setor foi para o Telegram, que se configura em terceiro, no entanto não aparecia entre os primeiros em 2021.

Conforme Andreza Cunha, Content & Social Media da Agência Plim; e o publicitário Jean Batista Berti, sócio proprietário de Agência Plim, existe uma certa propensão das redes sociais com “T” crescerem: TikTok, Twitch TV e o Telegram. O Telegram aparece como forte tendência justamente por sua capacidade de compartilhamento de conteúdo e seu grande diferencial de conversas em grupo, podendo chegar até 200 mil participantes. “O Telegram vem conquistando marcas como um canal para fidelizar e compartilhar conteúdos exclusivos para clientes e potenciais clientes. Além disso, ele rompe com a bolha dos apps do Meta, como o WhatsApp”, argumentam a Social Media e o publicitário.

Outra surpresa da lista é o BeReal, app relativamente novo, que permite o usuário postar uma única foto por dia e sem filtro. “A BeReal surgiu em 2020 e se tornou uma febre entre alguns segmentos, especialmente junto ao público mais jovem, porque ele tem alinhamento com questões como maior autenticidade nos relacionamentos, menos tempo navegando nas redes sociais, etc. Resta observar se essa tendência vai se manter ou se vai ser uma rede social que, após o auge, gradualmente vai sofrer queda ao longo do tempo”, aconselha o professor.

O TikTok será concorrente da Netflix?

Após essa troca de categoria da Apptopia muitas dúvidas e projeções foram alçadas. Uma delas é entender o objetivo do TikTok que, segundo os publicitários da Agência Plim, não é criar comunidades, mas, sim, permitir que o usuário vá no “For You” (FY) e buscar por temática que deseja ver. Ou seja, conquistar e alcançar abrangência, ir além da audiência dos seguidores.

Já Fernando Moulin entende que a categoria entretenimento é uma forma ampla de enxergar o que o TikTok pode oferecer. “Não ficaria surpreso se, daqui a alguns anos, o aplicativo vier a ser classificado de outras formas, em outras categorias, uma vez que parece estar ainda em franca evolução”, destaca o Partner da Sponsorb.

Mas será que a plataforma de vídeos curtos seria concorrente da Netflix? “Sim! Não pensávamos isso como Agência há uns dois anos atrás, mas acompanhando as tendências do mercado, e principalmente do tempo de consumo nas plataformas pela geração Z, é possível visualizar que o TikTok de fato se tornou concorrente da Netflix. Entre o longo e o curto, temos que refletir sobre o tempo de uso em cada uma das plataformas. E no caso o TikTok tem liderado”, esclarecem.

Fernando Moulin também acredita na concorrência e argumenta o posicionamento em relação ao tempo. Quando surgiu a Netflix, as horas dedicadas à leitura, contato social ou outras atividades de lazer foram canalizadas para as maratonas de séries e filmes. Desse modo, com o uso cada vez maior da plataforma chinesa, as pessoas passam menos tempo em contato com a TV ou aplicativos de vídeo On Demand.

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A evolução do conteúdo e das marcas neste cenário

Tanto o TikTok quanto o Netflix estão investindo em games, funcionalidades e nos conteúdos disponibilizados. Esse investimento é importante para coletar informação e refinar o algoritmo, revelam os publicitários.

“Um aplicativo com uma curva exponencial, como o TikTok, se torna interessante para qualquer negócio. E tem chamado atenção de grandes marcas. Aliás, as marcas têm cada vez mais migrado para o TikTok, isso pela possibilidade de diversificar na hora de formular estratégias de comunicação. Tanto por meio de influenciadores, quanto pela criação de conteúdos que conversem com o seu próprio branding e que levem a conversão de aquisição de produtos”, sustentam a social media e o publicitário.

Outra sacada, segundo o especialista em negócios digitais, é abrir o TikTok para os próprios colaboradores das empresas difundirem mensagens, compartilhar conteúdo relevantes e gerar engajamento – dentro do processo mais estratégico de ampliar o Employee Experience.

“A partir disso, a marca é rejuvenescida, se tornando mais conectada com o público mais jovem. É um ponto importante para as marcas que desejam estar alinhadas com o consumidor das novas gerações, se apropriando do uso da linguagem com que essas pessoas se relacionam no aplicativo de maneira mais genuína, participando com propriedade da forma com que elas se comunicam em tempo real e de modo efetivamente integrado”, ressalta Fernando Moulin

Em termos de conteúdo, é lugar comum a criação específica para cada canal. Andreza Cunha e Jean Berti explicam que o Instagram é uma rede social, ou seja, feita para criar comunidades, já o TikTok é entretenimento. Então, na rede social do Meta é interessante compartilhar dicas e funciona como uma janela onde os usuários podem ver a vida dos seus amigos e pessoas que admira como se fossem próximas, muito ainda com a estética.

“Esse detalhe é importante porque faz com que o SEO (Search Engine Optimization) seja tão eficaz e tenha um bom funcionamento. A principal diferença é que no Instagram o usuário engaja apenas sua ‘própria galera’ e com o TikTok ele pode construir a abrangência”, finalizam.


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