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Techlash, o fenômeno que ameaça o Facebook e a indústria digital

Techlash, o fenômeno que ameaça o Facebook e a indústria digital

Techlash é o novo temor das gigantes da tecnologia, como Google e Facebook. Entenda quais riscos o fenômeno pode oferecer para o consumidor e a indústria

Techlash é o termo da vez. Foi criado pelo jornal The Economist para explicar o sentimento negativo que as grandes empresas de tecnologia têm causado à vida das pessoas.

O Oxford English Dictionary define a palavra como “uma forte e generalizada reação negativa ao poder e influência de grandes empresas de tecnologia, particularmente aquelas baseadas no Vale do Silício.”

Techlash
(Foto: Shutterstock)

Facebook lidera lista de polêmicas

A palavra “techlash” surgiu da junção entre technology e backlash (“tecnologia” e “repercussão”, em português), e ganhou notoriedade após o escândalo da Cambridge Analytica, no Reino Unido. Na ocasião, os dados de milhões de usuários do Facebook foram violados para uso nas eleições locais.

O próprio Facebook saiu manchado da situação, tendo sua cibersegurança questionada. Desde então, as redes de Zuckerberg se envolveram em polêmicas referentes à privacidade e gestão de informações.

Do mesmo modo, o avanço de big data e reconhecimento facial têm causado desconfortos na vida das pessoas, que se sentem vigiadas e inseguras com a falta de transparência sobre a utilização de informações pessoais.

Techlash
(Foto: Shutterstock)

Ética na robótica apresenta desafios

Embora a IA tenha muito a oferecer para a humanidade, o The Economist aponta a necessidade de um acompanhamento mais caloroso sobre como as máquinas são programadas nessas funções.

Na Europa há o GDPR, um conjunto de leis que regulariza o a distribuição de dados pessoais na União Europeia. O projeto surgiu com a intenção de evitar o abuso dos algoritmos e outras violações de direito à privacidade na Internet. 

Sob o mesmo ponto de vista, surgiram 150 leis sobre dados de consumidores nos Estados Unidos em 2019.

Enquanto isso, no Brasil, a LGPD permanece em vigor desde 2018, visando proteger os direitos de liberdade e privacidade em meios digitais.

Perigos para a reputação na indústria digital

À primeira vista, as líderes de tecnologia (Google, Facebook e Microsoft, por exemplo) parecem ser a “firma” dos sonhos. Mas um artigo do New York Times aponta que, na verdade, os talentos têm se afastado delas nos últimos anos.

Apesar de ainda serem vistos como lugares prósperos, universitários dos EUA acreditam que posições elevadas do Vale do Silício não valem os paradigmas éticos.

O jornal observa que o desinteresse surgiu após as reputações dessas empresas desmoronarem. Um estudante entrevistado comparou o Vale à Wall Street: te faz enriquecer atropelando valores morais.

Em uma publicação da CNBC, ex-head hunters do Facebook informaram que a aceitação de ofertas de emprego para engenheiros de software por lá caiu 40% em 2019.

O NYT aponta que trabalhar no Vale do Silício têm se tornado tabu nos campi universitários, onde alunos que optam por trabalhar nessas empresas ficam conhecidos como “cobras” ou “vendidos”.

Techlash
(Foto: Shutterstock)

Efeitos do Techlash na saúde mental

Outro ponto responsável pelo Techlash é o perigo iminente na saúde mental dos usuários, sobretudo entre os jovens.

Anonimidade virtual e comunicação à distância abriram portas para cyberbullying e discursos de ódio, estando interligados a casos de suicídio.

Da mesma forma, algoritmos podem moldar a percepção que as pessoas têm de si e induzirem hábitos de consumo nocivos.

Apesar das redes sociais serem populares com novas gerações, as corporações responsáveis precisam reconsiderar o seu impacto na sociedade.


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