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As startups e a capacidade de reinventar o varejo

As startups e a capacidade de reinventar o varejo

A sua rede já pensa em parcerias com startups? Se a resposta é não, é melhor repensar o futuro do empreendimento. Confira as razões

As startups estão invadindo o mercado – global e nacional. Cada vez mais modelos são desenvolvidos e muitos deles têm ligação com o varejo. Elas movimentam o setor, trazem um novo olhar e poderão fazer toda a diferença no futuro de muitas marcas. Afinal de contas, startup é praticamente sinônimo de inovação e o segmento precisa muito desse frescor. Durante o Brazilian Retail Week 2017, alguns modelos de negócio mostraram suas ideias e suas formas de questionar o mercado.
Para Jacques Meir, diretor-executivo de conhecimento do Grupo Padrão, mediador do debate, uma das tendências mais incríveis do mercado atual é o surgimento e crescimento dessas empresas disruptivas. “Elas são fundamentais hoje para o mercado brasileiro e para o varejo nacional”, destaca.
O primeiro modelo apresentado é o de Julia Canalini, CSO e CEO da Zimp Recompensas. A empresa é focada em fidelidade, pois vê muitas dores nesse mercado. Afinal, a relação não é lá muito justa. “É justo trocar 15 mil pontos por um ventilador que custa R$ 200?”, questiona. Assim, sua empresa quer dar um novo olhar sobre esse setor. O próximo, Alberto Parra, CEO e cofounder da Superlist.com, conta que quer levar comodidade e bons preços para seus consumidores. Sua plataforma cria uma lista de compras automática baseada nas preferências dos usuários – e proporciona preços bem amigáveis.
Alexandre Dinkelmann, cofundador da Onyou, destaca que trabalha para colocar todas as praças de alimentação no bolso dos usuários. Pelo seu aplicativo, o consumidor pode pedir e pagar sua refeição – para chegar no ponto de venda com o pedido já pronto. “O e-commerce vem transformando muito as relações. A gente se ressentia por não ter a mesma agilidade para quem está na rua buscando agilidade”, aponta. “É um mercado nervoso, que não dá para errar, já que a comida fica esperando. A ideia então é empoderar o varejo e levar relevância para o consumidor”, garante.
Por fim, Frederico Flores, CEO da Ecommet, um grupo de várias unidades de negocio, conta que possui uma plataforma de e-commerce que conecta os pequenos lojistas a grandes e-commerces. O varejista pode organizar suas vendas em todos os canais de venda. É uma forma de aproveitar o trafego para potencializar as vendas. A ideia é unificar as vendas do market place e auxiliar os empreendedores em sua organização.
Modo de vida
Alexandre Guerra, conselheiro do Giraffas, lembra que existe uma visão romântica sobre as startups. Na prática, é uma vida que traz muitos desafios. Assim, questiona – como é começar um novo negócio? Dinkelmann conta que, após 20 anos de carreira em vários setores, encontrou-se viu sozinho em sua nova experiência. “Quando eu estava em uma grande companhia, eu sabia que eu estava ali, eu não era aquilo”, destaca. É importante essa divisão – o que se está fazendo e o que realmente se deseja. “Ter uma página em branco em sua frente pode ser muito relevante. O processo de maturação tem muitos altos e baixos”, diz. Quem sobrevive é quem tem resiliência. “Aqui no Brasil ainda existem pessoas que precisam entender que viver em startup é viver contra muitos obstáculos. E para isso precisa ter um time muito aguerrido. Sem propósito, a resiliência perde no processo”.
Parra aponta que a inovação esteve em sua vida o tempo todo. “Procurar inovar e fazer melhor sempre foi uma busca, independente da área”. A Superlist é a sua terceita startup, é uma grande busca em sua vida lidar com o empreendedorismo e a tecnologia. “Precisamos ter capacidade de fazer um pouco de tudo”, garante. É um desafio, mas quem realmente gosta consegue seguir em frente. “Vale muito a pena porque você colhe frutos e consegue fazer a diferença na vida das pessoas”, conta.
Meir ressalta que, ao empreender, é importante não esquecer-se das pequenas tarefas. “Quando você empreende, o gosto pela “tarefinha” não pode ser diminuído. Porque isso fará com que você sempre seja uma pessoa justa já que sabe a importância que cada atividade tem no dia a dia. O senso de justiça permeia toda a operação”, destaca.
Uma questão de concorrência?
A visão de que as startups são grandes concorrentes do varejo é bastante comum no mercado, como lembra Guerra. “De fato, muitas vezes, é verdade. Mesmo assim, muitas startups chegam ao grande consumidor através do grande varejista. Como é essa relação? Como fazer o setor entregar mais resultado?”, provoca.
Na Zimp, Julia lembra dos dois lados: existe o B2B, que lida com a criação de um ambiente que dê certo para o consumidor. “Somos um parceiro, queremos impulsionar a venda do varejo”, analisa. “Nós emitimos e resgatamos pontos para um varejista credenciado e estamos ajudando o consumidor”.
Para o CEO da Ecommet, o propósito de uma startup é sempre resolver problemas, independente de onde seja. “Muitas empresas têm a cultura de tentar resolver problemas, mas as startups fazem isso com muita agilidade e é dessa eficiência que vem a parceria com as empresas”, acredita. “Quando faz sentido te contratar, você se torna parceiro, faz a diferença”, diz.
E por que o varejista não consegue resolver seus problemas? Flores responde que o sucesso leva a essa situação. Muda o mecanismo todo. “Geralmente, a liderança ou a empresa gera uma inércia que acaba com medo de mexer no time que ganha”, ilustra. “Nessa hora entra uma startup para ver as coisas de forma diferente”. Afinal, a startup pega um problema que precisa ser resolvido e coloca boas pessoas para resolver da melhor forma possível. “Grandes empresas resolvem pelo excel”, garante.
“Startups tem capacidade de resolver problemas sem perder valor, ela captura valor”, complementa Meir, do Grupo Padrão. Em uma rede de varejo, a empresa esta tão focada no resultado no final do dia, no caixa, que acaba não tendo tempo para mais nada. A startup consegue atuar onde a empresa não consegue colocar seu olhar.
Processos
Parra conta que uma multinacional, por exemplo, leva quase um mês para tomar uma grande decisão – ela precisa passar por aprovações, comitês, grupos, etc. Na startup, decisões são tomadas até por WhatsApp. Isso é agilidade. É um desafio, claro, porque demanda a transformação das empresas.
Dinkelmann complementa que quando a Amazon percebeu que estava perto da crise da inovação, colocou uma equipe fora para criar um modelo que poderia quebrar a empresa – assim nasceu o Kindle. A corporação gigante mantém pequenos grupos autônomos em sua operação, praticamente startups, que buscam incessantemente o diferente. Faz parte da cultura da empresa. “É totalmente diferente de criar um comitê de inovação”, comenta Meir. “É algo que precisa fazer parte do DNA da empresa”, concorda Guerra.
A cultura precisa ser passada para todo mundo, colocar na cabeça que todos os microproblemas que existem na empresa têm que ser resolvidos de forma pontual. “É estimular o empreendedorismo dentro da corporação, tirar esse olhar viciado”, confirma Julia. “Estimular o estudo, estimular que as pessoas passem por uma startup para ver como funciona. É humildade, aceitar passar por várias etapas, desde oferecer cafézinho até atender um grande CEO”. Criar pequenas startups dentro da empresa já ajuda a resolver esse problema”, diz.
O confudador da Onyou recorda que grandes empresas costumam falar que “o padrão é assim” – essa frase não deveria mais existir. Além do famigerado “de quem é a culpa?” – hora de extinguir isso também. “As startups precisam falhar. Já vi muitas empresas que parecem empresas do setor publico e não tomam risco de nada”, conta.
“É preciso não se acomodar, não ficar restrito ao job description”, complementa Julia. O senso de sobrevivência é um conceito importante. “Em uma grande corporação, se alguém não fizer nada, dificilmente a empresa morre, na startup não é assim. É uma grande reflexão”, diz o conselheiro do Giraffas.
Para finalizar, Meir pede que os participantes relacionem uma palavra ao conceito de propósito. O resultado foi: resolução de problemas, legado, vida, tesão, combustível e pessoas. A sua empresa tem algum desses elementos?

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