A Konduto, empresa brasileira de tecnologia antifraude para pagamentos on-line, anunciou que conseguiu evitar um prejuízo superior a R$ 3 bilhões em fraudes durante o ano de 2018. Este valor corresponde a quase 10% do volume financeiro total processado pelos sistemas da companhia e mantém o comércio eletrônico do País entre os mercados de maior risco no mundo inteiro.
A empresa saltou de 42 milhões de pedidos processados em 2017 para 128 milhões de compras analisadas ao fim de 2018, um aumento de 204%. Isso representa cinco transações analisadas por segundo pela companhia, que tem tecnologia própria e é 100% brasileira.
Mais de 32 bilhões em transações
No total, a Konduto processou um TPV (Total Payment Volume, ou volume total de pagamentos) de R$ 32,3 bilhões entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2018, 366% a mais em comparação ao exercício anterior. Deste total, porém, uma alta quantidade foi de origem fraudulenta, feita principalmente por criminosos utilizando-se de cartões de crédito clonados: R$ 3 bilhões.
“É muito importante saber que ajudamos o mercado brasileiro a evitar um rombo desta magnitude”, avalia. “Infelizmente, fraudes com cartões clonados são extremamente comuns no nosso País, e este tipo de golpe ainda recebe pouca atenção das autoridades – como todos os crimes de ordem cibernética. Por isso estamos acostumados a ver o Brasil entre os líderes do ranking mundial de fraudes on-line, atrás apenas do México”, destaca Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.
Segmentos de maior risco
Os segmentos de maior risco para quem vende on-line são de produtos e serviços de alta procura e liquidez, que podem ser facilmente revendidos: eletroeletrônicos, passagens aéreas e rodoviárias, carteiras digitais, autopeças e jogos on-line são os mercados que, historicamente, possuem o maior índice de tentativa de fraude. No entanto, até mesmo ONGs e instituições de caridade sofrem com este problema, segundo Tom Canabarro.
“Durante o processo da fraude, muitos criminosos utilizam o sistema de pagamentos de lojas virtuais menores, ou até mesmo ONGs e sistemas de doações, para saber se um cartão clonado ainda pode ser usado. O fraudador faz uma transação de baixo valor, que não levanta a suspeita do banco e nem é notificada ao portador do cartão, e ali descobre se os dados são válidos ou não ”, aponta o especialista.