“A gente vive nessa época de redes. Muitos dos algoritmos e pesquisas sobre networking mostram que temos strong links (conexões mais fortes) e weak links (conexões mais fracas). E que um não é mais importante do que outro”. Foi assim que o antropólogo Timothy Alan Lucas, da Hyper Island, deu início ao segundo dia de workshop durante o New Retail Summit em Santiago, no Chile.
Segundo ele, devemos aproveitar as conexões fortes, mas precisamos que outras pessoas entrem em nossas redes. Essa conexão é uma das formas de “fazer mais rápido para aprender mais rápido”.
“Não espere seis meses para testar algo. Faça em meia hora. Isso vai abrir sua cabeça para todas as possibilidades”, disse Lucas. Descubra; defina; desenvolva; e entregue.
Como manter a individualidade diante do coletivo?
Em um outro momento do workshop, o especialista mostrou um vídeo sobre o quanto seguimos padrões (veja abaixo). Ele apresenta um experimento no qual, ao entrar no elevador, todos seguem o comportamento de quem está dentro dele, ainda que isso signifique ficar de costas para a porta ou tirar o chapéu ao entrar.
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“Somos animais sociais. A gente quer fazer parte e quer ser incluído. Não à toa, alguns animais que se são afastados do grupo morrem. O bulliyng é poderoso por isso”, disse Lucas ao reforçar a importância de participar de redes.
https://www.youtube.com/watch?v=BgRoiTWkBHU
A inversão da influência
O especialista da Hyper Island destacou ainda a mudança de “target audiences” para “target networks”. “A sua audiência se conecta a outras. E isso torna tudo muito mais difícil porque agora precisamos entender as pessoas. Quem são os influenciadores? Que mensagens são importantes para eles? Como eles querem fazer parte?”, disse Lucas.
Por fim, ele destacou a força das tribos e pediu para que os convidados trabalhassem em grupos e respondessem as seguintes perguntas:
– Quais são as suas redes?
– Por que as pessoas pertencem a essas redes?
– Por que as redes vão querer sua marca?
– Como sua marca pode agregar valor às redes?
– Que histórias vai construir junto com essa rede?
“Muitos mercados se transformaram em redes de inteligência. Os consumidores tornaram-se ‘network thinkers’ extremamente informados, influenciados pelo que ouvem, veem e leem; e eles confiam um no outro mais do que confiam em mensagens comerciais”
Peter Hinssen, autor de The Network Always Wins
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